Itamaraty estima gastar R$ 1,3 milhão com seleção de diplomatas
Contrato foi firmado no momento em que Ernesto Araújo articula uma medida que ataca a carreira diplomática no governo

O Radar mostra na edição de VEJA que está nas bancas que o chanceler Ernesto Araújo, com o apoio de Jair Bolsonaro, decidiu abrir a porteira das assessorias do Itamaraty a profissionais de outra áreas estranhas à diplomacia. A medida gerou revolta em entidades ligadas ao setor por desvirtuar o papel das assessorias de Estado do órgão.
Mas veja que ironia. Enquanto luta para enfraquecer a carreira, Ernesto Araújo gasta pesado para recrutar diplomatas.
O Instituto Rio Branco, ligado ao Ministério das Relações Exteriores, contratou sem licitação o Instituto Americano de Desenvolvimento, uma associação privada, para fazer a logística e a composição de bancas examinadoras do concurso de admissão à carreira de diplomatas este ano.
O contrato por “dispensa de licitação” vai custar aos cofres públicos 1,3 milhão de reais.