Guerrilheiros paraguaios que perderam refúgio fugiram para o Uruguai
EXCLUSIVO Trio tenta agora obter refúgio do governo de Tabaré Vázquez, um dos últimos redutos da esquerda na América do Sul
Laryssa Borges, repórter de Veja
Três paraguaios acusados de integrar o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) e que perderam o status de refugiados políticos no Brasil fugiram para o Uruguai. Anuncio Martí Méndez, Juan Francisco Arrom Suhurt e Víctor Antonio Colmán Ortega, acusados de envolvimento no sequestro de Maria Edith de Debernardi, nora do ex-ministro da Fazenda Enzo Debernardi, em 2001, tentam agora obter refúgio do governo de Tabaré Vázquez, um dos últimos redutos da esquerda na América do Sul.
O Radar revelou que, em decisão sigilosa em meados de junho, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, havia determinado a prisão dos paraguaios, mas a Polícia Federal não os encontrou para cumprir a ordem de detenção.
Os três alegavam que eram perseguidos políticos e, com esse argumento, haviam conseguido há 15 anos a condição de refugiados, ainda no governo Lula. Na última semana, no entanto, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) do governo Bolsonaro derrubou o benefício, alegando que eles não passavam de criminosos comuns.