O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que ainda tenta convencer o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a ideia de fatiar a análise da indicação, por Lula, de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central.
A estratégia do Palácio do Planalto é fazer a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já na semana que vem, deixando somente a votação no plenário para depois das eleições municipais.
Wagner afirma que garantir logo a aprovação da indicação de Galípolo na CAE mandaria, desde já, uma sinalização ao mercado financeiro sobre a tendência de apoio majoritário entre os 81 senadores.
A princípio, Pacheco tem resistido à ideia, argumentando a Wagner que o costume é concluir a sabatina em comissão e a votação no plenário das indicações de autoridades de maior repercussão no mesmo dia, sendo a primeira parte pela manhã e a segunda, à tarde ou à noite.
Antes das eleições municipais, com o primeiro turno marcado para 6 de outubro, haveria dificuldade para garantir um número suficiente de senadores em Brasília para conduzir a votação no plenário sem sobressaltos.
Em votações secretas, como as de autoridades, é necessária a presença de ao menos 41 senadores para abrir a sessão. Também é esse o número mínimo de votos favoráveis para aprovar a indicação.