Integrantes da Funcef, o fundo de previdência de servidores da Caixa Econômica Federal, estão em alerta. É que o governo voltou a querer usar o fundo em investimentos duvidosos.
O filme é velho e termina em corrupção. A conta, como sempre, fica para os pensionistas, que já tiveram uma parte dos benefícios bloqueada para bancar o rombo deixado nas gestões petistas.
Uma reunião do fundo, nesta semana, terminou em discussão pesada. Sem aviso, uma proposta que, na visão de entidades ligadas aos servidores, abre caminho para investimentos de risco, foi pautada na reunião do conselho deliberativo. A matéria não passou porque o representante dos empregados no colegiado pediu vista.
Associações das carreiras do banco se posicionaram contra a medida, que consideram contrária à preservação de suas aposentadorias. Elas temem, sobretudo, que o fundo se aventure em operações destinadas a financiar obras de infraestrutura de interesse do governo.
Em outubro, o governo tentou trocar o atual presidente da Funcef, empregado de carreira do banco, por um apadrinhado do Planalto, mas recuou após a reação negativa dos empregados da Caixa.
A Funcef é um dos maiores e mais ricos fundos do país, com mais de 100 bilhões de reais em ativos e 140.000 participantes.