Eike recorre à Justiça contra venda de debênture pela metade do preço
Garantia em acordo de delação do empresário com a PGR foi avaliada em R$ 1,2 bilhão e deve ser vendida por R$ 600 milhões, deixando credores a ver navios

O Radar revelou na edição que chega às bancas que o o TJ-MG deve homologar nos próximos dias a venda da debênture de Eike Batista, avaliada em 1,2 bilhão de reais, pela metade do preço: cerca de 600 milhões de reais. Pois nesta sexta-feira o empresário acionou a Justiça feira para impedir que o tribunal de Minas Gerais faça o negócio.
Como o dinheiro será retido pela PGR na delação de Eike, para quitar a multa de 800 milhões de reais, os credores ficarão a ver navios. O valor proposta pelo TJ-MG é considerado “vil” pela defesa do empresário.
Os advogados pedem ainda que seja dado a Eike um prazo para apresentar compradores interessados em pagar o “valor de mercado” da debênture, dada em garantia no acordo com a Procuradoria-Geral da República.
Na longa lista de credores do ex-homem mais rico do Brasil, aliás, há quem questione o uso do dinheiro, que deveria ser destinado às dívidas privadas, para resolver os problemas pessoais de Eike com a Justiça. A PGR, em acordo com o STF, no entanto, entende que a União tem prioridade na destinação do dinheiro sobre todas as outras dívidas do empresário.