Criado há um ano, grupo de partidos da terceira via definhou — entenda
Representantes de sete partidos que participaram de encontro em Brasília seguiram caminhos diferentes
Lula e Jair Bolsonaro já dominavam as pesquisas eleitorais quando representantes de sete partidos se reuniram em Brasília para tentar chegar a algum consenso sobre um nome de “terceira via” para enfrentá-los. O encontro completa um ano nesta terça-feira. Na ocasião, eles também criaram um grupo de WhatsApp, batizado de “Centro Equilíbrio”. Desde aquele almoço, no entanto, os participantes já seguiram alguns caminhos diferentes.
Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire, que se juntaram em uma federação, declararam apoio à senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB, representado naquele 16 de junho de 2021 pelo deputado federal Herculano Passos — que, inclusive, trocou o partido pelo Republicanos.
Apesar de terem participado da reunião para tentar encontrar uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, e o deputado federal Aureo Ribeiro, que representou o Solidariedade, hoje integram a aliança em torno do petista.
Já Renata Abreu, presidente nacional do Podemos, chegou a lançar o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro para a disputa pelo Palácio do Planalto, mas perdeu o seu pré-candidato no fim da janela partidária. No último dia de março, Moro migrou para o União Brasil e deixou o Podemos a ver navios. A legenda até agora não decidiu o que fará nas eleições presidenciais.
O outro partido representado naquela ocasião, e com três integrantes, foi o DEM, que desde então se fundiu com o PSL para formar o União Brasil. Estavam na reunião o presidente da legenda, ACM Neto, o ex-ministro da Saúde e então pré-candidato à Presidência, Luiz Henrique Mandetta, e o ex-ministro da Educação Mendonça Filho.
Pelo menos até agora, o partido dos três tem Luciano Bivar como pré-candidato ao Planalto.