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Por Robson Bonin

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Política

CPMI ouve nesta terça mais um personagem ligado ao Careca do INSS

PF mapeou ao menos R$ 10 milhões em transações suspeitas envolvendo entidades associativas e intermediários ligados a Domingos Sávio de Castro

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO 28 out 2025, 10h01

NA MIRA - CPMI: parlamentares pediram a quebra do sigilo de empresa suspeita — CPMI do INSS ouve mais dois investigados nesta terça (Pedro França/Ag. Senado)

A CPMI que investiga o assalto aos aposentados vai ouvir nesta terça-feira o depoimento do empresário Domingos Sávio de Castro. De acordo com a Polícia Federal, seria um dos operadores de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.

Ao representar por medidas cautelares contra Domingos Sávio, em abril, a PF listou uma série de transações consideradas suspeitas, entre outros motivos, porque uma de suas empresas enviou mais de 2 milhões de reais para o Careca.

Em sua conta pessoal, o operador recebeu 4,8 milhões de reais da União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (Unaspub), uma das entidades investigadas na farra do INSS.

A Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social (Abrasprev), por sua vez, transferiu cerca de 540.000 reais para Domingos Sávio.

A PF também encontrou documentação provando que o operador seria procurador da Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen), mais uma das entidades investigadas no caso.

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“Pessoas físicas e jurídicas relacionadas a DOMINGOS SÁVIO DE CASTRO receberam R$10.584.603,39 das empresas intermediárias relacionadas às entidades associativas”, escreveu a PF.

Outro com depoimento à CPMI marcado para esta terça-feira é o piloto de avião Henrique Traugott Binder Galvão.

“Por ter sido um dos pilotos que mais realizou voos em aeronaves ligadas a SILAS DA COSTA VAZ, vinculado à CONAFER, o depoimento do senhor HENRIQUE poderá contribuir para esclarecer a esta CPMI alguns pontos relevantes para revelar vínculos entre investigados”, justificou o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), ao pedir sua convocação.

“Por ter conhecimento de quem utilizava as aeronaves como passageiro, o coloca em posição privilegiada de oferecer informações relevantes sobre possíveis conexões com práticas fraudulentas que afetaram milhões de aposentados e pensionistas”, acrescentou.