CPMI do 8 de janeiro avança sobre ajudância de ordens de Bolsonaro
Após defesa de Mauro Cid admitir colaborar no esquema de venda de joias, parlamentares interrogam sargento auxiliar do ex-presidente
A CPMI do 8 de janeiro avança nesta semana sobre a equipe de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro que, por meio de sua defesa, admitiu a VEJA colaborar com a Justiça no esquema de venda de joias recebidas como presentes oficiais à Presidência. O depoimento está marcado para quinta-feira 24.
A Comissão Mista vai ouvir o sargento do Exército Luis Marcos Reis, que participava da equipe de ajudantes de ordens do ex-presidente. Segundo o Coaf, Reis e Cid movimentaram cerca de 7 milhões de reais. Ambos foram presos em maio por falsificação de dados nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro, familiares e auxiliares.
Os requerimentos que convocam o sargento citam investigações da Polícia Federal que mostram trocas de mensagens de teor golpista entre os dois militares auxiliares de Bolsonaro. Um dos pedidos de convocação, do deputado Rafael Brito (MDB-AL), cita uma matéria de VEJA que revela que Reis enviou vídeos dele próprio na cena do crime.
“Veja conta que em um dos vídeos é possível ver que o Sargento está na cúpula do Congresso Nacional, junto com outros ‘manifestantes’. Ele ainda esteve no acampamento do Quartel General do Exército, onde havia a concentração de pessoas que incentivavam a tomada de poder pelas Forças Armadas”, diz o requerimento.