Como Bolsonaro lucra com a visita de Elon Musk ao Brasil
Musk é uma figura influente nas redes, tem a simpatia do eleitorado que pensa como o presidente da República
Ainda levará tempo para que os interesses mais sigilosos desse encontro de Elon Musk com Jair Bolsonaro no Brasil sejam conhecidos. Por ora, o efeito visível do encontro se dá no campo eleitoral.
Musk é uma figura influente nas redes, tem a simpatia do eleitorado que pensa como Bolsonaro e fornece sua imagem de “homem mais rico do mundo” para mostrar a força do presidente numa espécie de propaganda da prosperidade política do atual governo. O termo “BolsoMusk” já foi propagado no Twitter por mais de 53.000 usuários da rede.
O Brasil de Bolsonaro — sobretudo depois da derrota de Donald Trump nos Estados Unidos — é hoje menos influente no mundo do que já foi em outros governos.
O Planalto distanciou-se da comunidade internacional nas ações práticas em defesa da soberania da Ucrânia, comprou brigas com a China, a partir de ataques ao “comunismo” e sobre a origem da Covid-19, e com a Europa, nas questões climáticas e relacionadas ao avanço de crimes na Amazônia.
A foto ao lado do homem mais rico do mundo que negocia a compra do Twitter fornece um discurso eleitoral a Bolsonaro. Há, porém, outros temas nesse curioso casamento que ainda irão surgir.