Por 9 a 1, CNMP pune Deltan Dallagnol por tuítes contra Renan Calheiros
Colegiado entendeu que o ex-chefe da Lava-Jato ultrapassou limites da função ao tentar interferir na eleição da presidência do Senado em 2019
O CNMP aprovou nesta terça, por 9 votos a 1 voto, a aplicação de pena de censura contra o procurador Deltan Dallagnol por sua atuação nas redes sociais durante a eleição para a presidência do Senado, em fevereiro de 2019. A punição de censura cria dificuldades para que Deltan avance internamente na carreira, a partir de promoções, por exemplo.
O colegiado puniu o ex-chefe da Lava-Jato no procedimento aberto a pedido do senador Renan Calheiros, que alegou ter o procurador usurpado as funções de integrante do MPF para tentar interferir na eleição interna do Senado.
Os integrantes do CNMP seguiram o voto do relator do processo, o conselheiro Otavio Rodrigues, que entendeu que “um membro do MPF” interferiu no processo eleitoral do Senado.
“(Deltan) sentiu-se no direito de interferir nas eleições pra presidente do Senado. Não eram meras manifestações de apreço ou desapreço. Ele foi além: incentivou uma campanha contra o sistema de votação”, disse Otavio.