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Candidato a embaixador, Eduardo recebe cheque que já foi dado a Mourão

Filho do presidente caiu na conversa de investidor asiático que trava guerra sangrenta com o grupo J&F, dos irmãos Batista

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2019, 21h50 - Publicado em 30 jul 2019, 13h50

Candidato a embaixador do Brasil nos EUA, Eduardo Bolsonaro reapareceu nesta terça-feira já no papel de articulador internacional. Na Indonésia, o filho do presidente foi convidado a segurar um checão de 31 bilhões de reais ao lado do empresário Jackson Widjaja.

Nas redes sociais, Eduardo comemorou investimentos bilionários que o empresário disse ter a intenção de fazer no Brasil. O problema é que, sem saber, o candidato a embaixador repetiu o vice Hamilton Mourão e acabou se envolvendo numa sangrenta briga empresarial que mobiliza exércitos de consultores, lobistas e até arapongas entre a multinacional Paper Excellence, de Widjaja, e o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A Paper é sócia da J&F na empresa Eldorado Brasil e briga na Justiça pelo controle da companhia. Pela negociação original, a empresa de Widjaja comprou a companhia por 15 bilhões de reais, mas só conseguiu pagar o equivalente a 49% da Eldorado. Ela tinha um ano para concluir a compra dos outros 51% dos Batista, mas o dinheiro não apareceu.

O prazo venceu em setembro do ano passado sem o pagamento restante. A família Batista permaneceu com o controle da Eldorado. A Paper alegou que não concluiu o pagamento do restante porque, para isso, seria necessário que a J&F liberasse garantias da dívida da Eldorado. O caso virou uma guerra de acusações de ambos os lados.

Aparentemente sem assessores que pudessem aconselhá-lo, Eduardo caiu na conversa de um dos lados da briga, um mau sinal para um futuro diplomata, que deve buscar o equilíbrio ao representar interesses empresariais do país. Eduardo até comentou a roupa do investidor. “Na foto eu e o senhor Jackson Widjaya vestimos batik, uma tradicional camisa formal na Indonésia”, escreveu.

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A Paper utiliza políticos do governo para tentar criar um clima favorável perante os tribunais na luta com a J&F — o candidato a embaixador até cita a disputa no post. Antes de Eduardo, quem segurou o cheque da Paper foi o vice. A suposta grana dos asiáticos, no entanto, era menor: 27 bilhões de reais.

(Divulgação/Divulgação)

Atualização:

A Paper Excellence afirma que disponibilizou em dinheiro, desde julho de 2017, o montante necessário para a conclusão da operação (11 bilhões de reais depositados no banco BTG) e vê a alta da celulose no mercado internacional como a razão motivadora do arrependimento dos vendedores. 

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