A fase do ministro-astronauta Marcos Pontes não é das melhores no governo. Depois de ter quase 90% das verbas para pesquisa cortadas a pedido do Ministério da Economia, o chefe do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apresentou uma lista com 18 integrantes da pasta para a comitiva que vai à COP-26, em Glasgow, na Escócia, no fim do mês.
Mas o pedido foi rejeitado pelo presidente Jair Bolsonaro, que já demonstrava irritação com a farra da delegação que foi à Expo Dubai nas últimas semanas. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, a ordem é que o bonde do MCTI seja reduzido em 80%.
No Planalto, aliás, não pegou bem a informação revelada na edição de VEJA desta semana, de que Pontes é recordista em viagens internacionais entre os ministros — com uma quilometragem que daria para realizar 454 vezes o percurso de ida e volta que fez a bordo da nave russa Soyuz na pioneira missão espacial. Ele já fez 107 viagens, vinte internacionais —de Paris à Antártica —, e gastou 500 000 reais em diárias e passagens.