Bolsonaro ajusta discurso sobre corrupção no governo e cita casos isolados
O presidente antes dizia que não havia ocorrido nenhum caso nos seus três anos e meio no Planalto
No discurso que faz a empresários no evento da CNI com presidenciáveis na tarde desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez um ajuste no seu discurso sobre a corrupção no seu governo.
Se antes ele dizia não haver nenhum caso nos seu três anos e meio no Planalto, agora ele nega “corrupção endêmica” e admitiu “casos isolados que pipocam”, sem citar nenhum em especial.
A declaração ocorreu uma semana depois de o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro ser preso por corrupção no MEC.
Bolsonaro destacava o convite da OCDE ao Brasil como um sinal de que o país é “bem visto globalmente”. E citou a facilitação de negócios e o combate à corrupção com fatores em que o governo está muito bem.
“Não temos nenhuma corrupção endêmica no governo, tem casos isolados que pipocam e a gente busca solução pra isso”, declarou o presidente.
Ele justificou dizendo que, além da escolha dos ministros, existe em cada pasta uma célula composta de servidores da PF, da CGU, da AGU e do TCU “para analisar aquilo que há de mais caro, vamos assim dizer, pra nós, de modo que a gente ataca a possível corrupção na origem”.
“Não interessa descobrir um corrupto, nós queremos evitar que apareça a figura do corrupto”, concluiu.