Bola embaçada
Um dos participantes do jantar de anteontem no Alvorada entre Dilma Rousseff e grandes empresários, Benjamin Steinbruch é dono de uma bola de cristal quebrada – ou de um otimismo incorrigível. Em abril, Steinbruch escreveu um artigo na Folha de S. Paulo em que exalava confiança e otimismo. Lá pelas tantas previa: – Há motivos […]
Um dos participantes do jantar de anteontem no Alvorada entre Dilma Rousseff e grandes empresários, Benjamin Steinbruch é dono de uma bola de cristal quebrada – ou de um otimismo incorrigível.
Em abril, Steinbruch escreveu um artigo na Folha de S. Paulo em que exalava confiança e otimismo. Lá pelas tantas previa:
– Há motivos para esperar que as condições da economia brasileira melhorem significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres (…).
O Brasil caminha para o quarto trimestre sem sombra de melhora nos indicadores econômicos. Muito pelo contrário: todos estão piorando.
A própria CSN de Steinbruch neste momento sofre tentando negociar o alongamento de sua dívida de 30 bilhões de reais com o Banco do Brasil e a Caixa.
No mesmo artigo, Steinbruch ainda elogiou a trajetória do câmbio:
– O câmbio mantém uma trajetória benigna, nem tão desvalorizado para complicar a política anti-inflacionária nem tão valorizado a ponto de prejudicar a atividade exportadora.
De lá para cá, o dólar subiu de 3 reais para 3,60 reais.
A favor de Steinbruch, deve-se admitir que qualquer previsão para a economia brasileira, mesmo de curto prazo, é algo para videntes muito bem experimentados.