Banco nacional de DNA chega a 120 mil amostras após receber R$ 150 milhões
No fim de 2014, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos — criada no ano anterior — tinha 2.584 itens; em 2018, eram 18.080
Ferramenta eficiente para auxiliar na elucidação de crimes, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos — uma espécie de banco nacional de DNA — acaba de atingir a marca de 120 mil amostras.
A quantidade atual representa um aumento de 563% em relação à do fim de 2018, quando havia 18.080 perfis cadastrados. Desde 2019, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou cerca de 150 milhões de reais em investimentos para a RIBPG — sendo mais de 80 milhões só no ano passado.
Os repasses serviram para adquirir insumos, como kits de coleta de DNA (de condenados e de familiares de pessoas desaparecidas), equipamentos para os laboratórios e para perícia em local de crime, além de capacitações, incluindo especializações de peritos criminais na Academia Nacional de Polícia.
Criado em decreto de 2013, o banco tinha 2.584 perfis ao fim do ano seguinte, 4.806 em 2015, 7.523 em 2016, 10.769 em 2017 e 18.080 em 2018. Ao fim de 2019, a quantidade de amostras saltou para 70.280, e cresceu para 91.902 em 2020. O número mais recente, deste ano, é de 120.016 materiais genéticos.
O banco nacional de DNA tem sido usado para dar respostas à famílias de pessoas desaparecidas. Só nos últimos quatro meses, 40 restos mortais de desaparecidos foram identificados e uma pessoa foi encontrada viva pela família.