Banco Mundial e FMI não priorizaram combate à Covid no Brasil, diz estudo
Entidades destinaram maior parte de investimentos a setores como infraestrutura e finanças
No último ano, apenas 28% dos investimentos das instituições financeiras internacionais no Brasil foram direcionados ao combate à Covid-19.
O dado faz parte de pesquisa lançada na última semana pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos em parceria com o Instituto Maíra e a International Accountability Project.
Exemplos das chamadas IFIs são o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
O levantamento aponta que, desde o início da pandemia, as IFIs se comprometeram ao combate global à Covid-19, mas que os aportes realizados ficaram aquém do esperado.
De 13,5 bilhões de dólares alocados pelas instituições no Brasil, apenas 3,8 bilhões foram destinados a projetos de transferência direta de renda às populações mais afetadas e a setores como compra de medicamentos, apoio a hospitais e UTIs, diz o estudo.
Os segmentos mais privilegiados pelas IFIs, segundo o levantamento, foram normativa e governança, finanças e infraestrutura, somando 10,4 bilhões de dólares.