#ARQUIVO#11/5/2008 – 16/5/2008

A Bovespa abriu em alta, continua subindo e batendo recordes. Neste momento, sobe 0,89%. O Ibovespa está cravando 72 129 pontos – novo recorde histórico. O zum zum zum do mercado é que a Fitch vai elevar a nota do Brasil e alçá-lo a “grau de investimento” hoje ou nos próximos dias.

(Atualização, às 17h17:  O”grau de investimento” não chegou, mas a alta de 1,78% no fechamento do pregão levou o Ibovespa ao seu recorde de pontos – 72 766)

Lula dispensou ontem o jantar com os quatro ministros que o acompanham na viagem a Lima – Edison Lobão, Franklin Martins, Patrus Ananias e o interino Samuel Guimarães. Chegou no hotel, instalou-se em sua suíte e lá jantou com o chefe do seu cerimonial, o diplomata Paulo Oliveira Campos, o POC, um dos mais próximos assessores de Lula.

Bateu certa preocupação na campanha de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo. Os acordos de coligação fechados por Gilberto Kassab não estavam no script inicial do jogo petista.

A Globo vetou a idéia de Renato Aragão de voltar a fazer dupla com Dedé Santana. Há algumas semanas, Aragão começou a trabalhar a idéia de retomar a parceria e procurou Dedé, de quem separou-se no início dos anos 90. Estava aberto o caminho para o retorno de Didi e Dedé, que por muito tempo ficaram sem se falar. Mas nesta semana a cúpula da Globo disse não ao projeto. Na avaliação da emissora, a volta da dupla daria um ar “antiquado” ao programa Turma do Didi, que vai bem no Ibope.

O PMDB está assanhado. O PT também. Motivo: o ex-senador Maguito Vilela vai deixar no início de junho a vice-presidência da Área de Governo do Banco do Brasil para candidatar-se à prefeitura de Aparecida, em Goiás.

O prefeito Fernando Pimentel venceu um importante round na sua tentativa de reverter o veto do Diretório Nacional do PT à coligação entre petistas e tucanos para a eleição do prefeito de Belo Horizonte. O diretório estadual do PT, em votação que terminou agora, decidiu apoiar a aliança com Aécio Neves. Foram 29 votos, 26 contra e três abstenções.

É o suficiente para que aliança saia? Não. Mas, como disse Pimentel a um interlocutor há pouco, é “um passo improtante”. A partir de agora, pela estratégia traçada por Pimentel e Aécio, deverá surgir o chamado “fato novo” para que o Diretório Nacional do PT possa reunir-se novamente e eventualmente mudar de posição.

E qual seria esse “fato novo”? Um pedido ao PT feito pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, para que, em nome da unidade, o veto seja revisto. Assim, PT e PSDB poderiam marchar juntos e apoiar Márcio Lacerda, do PSB.

Ontem, Lula e Campos conversaram neste sentido. A conversa é uma conseqüência do encontro enre Lula e Aécio, ocorrido anteontem no Palácio do Planalto.

O ministro Patrus Ananias é um dos grandes derrotados da decisão do diretório mineiro. Ontem, Patrus falou por telefone com os 60 delegados petistas com direito a voto. Pressionou-os a acompanhar a decisão do Diretório Nacional.

Acompanhando um dia de alta expressiva nas bolsas americanas, a Bovespa bateu hoje seu sétimo recorde histórico do ano – o terceiro apenas nesta semana. Fechou em alta de 2,09%. O índice Bovespa furou pela primeira vez a barreira dos 71 000 pontos: no fechamento chegou a 71 492 pontos, o maior da história da instituição (o recorde anterior era de 70 503).

A festa está longe de acabar. Segundo um quase consenso dos analistas, o Ibovespa deve chegar 88 000 pontos em dezembro. Isso se a recessão americana não estragar tudo – a questão é que a tal recessão americana, tão falada, ainda não deu as caras.

Carlos Minc, decididamente não será um ministro destinado a trabalhar em silêncio. Antes de assumir, já comprou uma briga do tamanho de um desmatamento amazônico com Blairo Maggi. O governador de Mato Grosso acaba de jogar uma moto-serra verbal para cima de Minc, que ontem disse textualmente: “você pega o governador do Mato Grosso, ele próprio o maior produtor de soja do mundo, com a polícia na mão dele. E, se deixar, ele planta soja até nos Andes. Então, não é mole”. Segundo Blairo, em nota oficial, as declarações de Minc foram “descabidas, inoportunas, extemporâneas e impróprias para um ministro”.

Da nota oficial, pode-se pinçar outras gentilezas endereçadas ao novo ministro do Meio Ambiente:

*Minc está “completamente alheio à realidade” (ao negar que seja o maior produtor de soja do mundo e que plante nos Andes).

*Ele não pode opinar sobre o que não sabe”.

As brigas públicas de Blairo com Marina Silva eram muitíssimo mais amenas.

De um ministro de Lula, que preferia Jorge Vianna no ministério do Meio Ambiente: “O Carlos Minc não vai trazer problemas ao governo. Mas trará problemas ao meio ambiente”.

Sem alarde, Aécio Neves meteu sua colher na eleição paulistana para ajudar Geraldo Alckmin. Ele está trabalhando para abafar a movimentação de alguns deputados do PP para explodir a candidadura Paulo Maluf e levar o partido apoiar Gilberto Kassab. Até agora, a empreitada de Aécio parece bem sucedida: tudo caminha para que Maluf seja candidato a prefeito de São Paulo. Publicamente, Aécio negará até o fim qualquer ingerência.

Num pequeno grupo em que estavam empresários, governadores e Lula, durante o evento que marcou o lançamento da política industrial, segunda-feira no BNDES, Sérgio Cabral deu o seu pitaco sobre a já célebre viagem da sogra de Cid Gomes num jatinho, com tudo pago pelo contribuinte cearense. Cabral disse que Pauline Habib servia a Cid como o bode na sala. “A questão central foi o uso de 388 000 reais no aluguel de um jatinho. Se não tivesse essa história de sogra, o foco estaria cem por cento centrado no Cid. De algum modo, a sogra desviou a atenção sobre ele”. Lula, que recentemente defendeu Cid Gomes nesta gastança, não se manifestou. Ficou cofiando sua  barba e ouvindo Cabral silenciosamente.

Lula preencheu ontem três vagas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como é praxe, sempre em moldes muito republicanos. O próprio Lula relatou ontem à tarde a um auxiliar direto: “Atendi de uma vez só o Sérgio Cabral, o Eduardo Campos e o Eduardo Braga”. Os indicados – Luiz Felipe Salomão, Geraldo Fernandes e Mauro Marques, nesta ordem – tiveram apoio explícito dos três governadores.

Ana Maria Braga perdeu hoje a briga da audiência contra a Record. Segundo dados prévios do Ibope, o programa da apresentadora marcou 6,8 pontos contra 8,5 do Fala Brasil (contra quem disputa na primeira hora) e do Hoje em Dia. Ainda que tenha sido um dia especial na Record – Ana Carolina, mãe de Isabella, foi entrevistada por um longo período no Hoje em Dia – esses números confirmam que o horário da manhã virou uma dor de cabeça permanente para a Globo.

Eugênio Staub está reassumindo a presidência da Gradiente. Desde outubro, em meio a uma crise sem precedentes da empresa, Staub passou o comando ao consultor Nelson Bastos e foi para o conselho de administração. A troca de guarda não deu certo. As divergências quanto aos rumos da Gradiente eram inconciliáveis.

Aos mais próximos, Staub, de 67 anos, garante que nas próximas semanas poderá anunciar uma solução para a crise. Se vier, a solução seria a venda (ou parceria, como prefere Staub) para um fabricante de eletroeletrônicos da China ou da Índia. As dívidas da Gradiente com bancos e fornecedores ultrapassam 300 milhões de reais. Os eletroeletrônicos da marca não são mais encontrados nas prateleiras das lojas.

Há duas semanas, Lula publicamente revelou que o governo, através do BNDES, está trabalhando num plano de recuperação da Gradiente – o que fez imediatamente as combalidas ações da empresas darem um sopro de vida na Bovespa.

Ao mercado, Staub dirá que está procurando um executivo para assumir a presidência da Gradiente, num prazo de doze meses.

Jorge Vianna foi convidado para o Meio Ambiente por Lula durante a conversa que tiveram hoje de manhã no Planalto. Não topou. Isso não é o mais importante, porém. E sim as objeções feitas por ele. Vianna disse a Lula que Mangabeira Unger não reúne condições para ser o homem do governo responsável pela Amazônia. Afirmou que Mangabeira não conhece a região. “Não é por ter ido lá duas vezes que pode dar vereditos sobre a Amazônia”, disse Vianna ao presidente. “Ele pode ser professor dos professores em várias áreas, mas é aluno de telecurso na Amazônia”.

Lula já disse a mais de um interlocutor que fará amazônicos elogios a Marina Silva na cerimônia de transmissão de cargo, na semana que vem. É um padrão do estilo Lula, que elogiou até a ex-ministra Matilde, aquela do cartão corporativo no free-shop.

Depois de conversar com Lula, Jorge Vianna foi até a casa de Marina Silva. E lá ficou por duas horas.

Carlos Minc chega domingo de Paris.

Acabam de sair os números do mercado de refrigerantes e cerveja de março, auditados pela Nielsen. Exceto pelo crescimento da Coca-Cola, foi um mês de pouca espuma em ambos os segmentos.

A Coca, que tinha 56,4% do mercado em março, possui agora 56,8%. Essa subida pode ser creditada ao seu principal produto, a Coca-Cola regular, cuja participação passou de 37,3% para 37,6% de março para abril. A AmBev manteve-se praticamente estável: caiu de 17,2% para 17,1% entre um mês e outro.

Entre as cervejarias, houve variações mínimas de 0,1% para cima ou para baixo entre as grandes. Em abril, o mercado ficou assim: AmBev, 67,1%; Schincariol, 12%; Petrópolis, 8,9%; e Femsa, 8,2%.

O mercado de refrigerantes cresceu 3,5% em vendas na comparação do primeiro quadrimestre com o mesmo período do ano passado.

O mercado financeiro continua bombando. A Bovespa neste momento sobe 0,46%. E o índice Bovespa já atinge 70 830 pontos – um recorde histórico. Aliás, “recorde histórico” já virou uma expressão desgastada na Bovespa: nas últimas semanas, várias marcas inéditas já foram quebradas.

(Atualização, às 17h13: a Bovespa não segurou mais um dia de alta. Fechou o pregão com uma queda de 0,68%)

Qual é a companhia aérea que mais atrasa? E a que mais vôos cancela? Desde janeiro nenhum brasileiro tem essas resposta. Há cinco meses a Anac suspendeu a divulgação dos tradicionais relatórios mensais que davam os nomes aos bois. Motivo: avaliou que a metodologia usada não traduzia a realidade do que acontecia nos aeroportos. Nos próximos 30 dias a Anac lança uma nova metodologia. Por enquanto, o usuário terá que se contentar com o ranking diário, divulgado pela Infraero

A indústria automobilística não está dando conta da demanda. A fila de espera do EcoSport e do Ka, da Ford, está em torno dos 90 dias. A espera por vários modelos da Fiat está do mesmo tamanho. E por aí vai.

Eram 16h30 de ontem quando Lula ligou para Sérgio Cabral:

– Sérgio, a Marina pediu demissão. Ela me mandou uma carta que eu não quero nem ler… Preciso do Minc.

– Mas Lula, ele é importante para o Rio de Janeiro.

Lula insistiu. Disse qu não era só ele que “precisava” de Carlos Minc:

– O Brasil precisa dele, Sérgio.

-O.k. Lula, não vou negar um pedido do presidente duas vezes seguidas.

Ato contínuo, Cabral ligou para Minc e deu-lhe ciência de sua promoção de secretário para ministro do Meio Ambiente.

Promoção que, até agora, o Planalto ainda não confirmou oficialmente.

A Bolsa de São Paulo fechou com uma alta de 0,12% e bateu o seu sexto recorde no ano (e o segundo em dois dias): o índice Bovespa chegou a 70 503 pontos, o maior da história da instituição. Ontem, a Bovespa atingiu os 70 415 pontos. O pregão de hoje abriu em baixa e assim operou durante quase todo o dia. Do meio da tarde até às 17h, o mercado virou.

José Serra e Aécio Neves tiveram uma longa conversa a dois, ontem no fim da tarde. O local do encontro foi o apartamento de Aécio no Rio de Janeiro. Falou-se de tudo – e mesmo quando não se falava de 2010 stava se falando de 2010…

A Bolsa de São Paulo está operando em alta de 0,13%. O índice Bovespa neste momento alcança 70 505  pontos – é, até agora, um recorde histórico. Ontem, a Bovespa bateu seu quinto recorde no ano. Fechou em 70 415 pontos. O pregão de hoje abriu em baixa, mas foi recuperando-se ao longo do dia. Faltam 18 minutos para o fechamento do pregão .

Agora que o pedido de demissão de Marina Silva tornou-se público, fica um pouco mais fácil de entender ausência da ministra na cerimônia de lançamento da política industrial do governo, ontem no BNDES – um pacote de medidas que não fez qualquer referência às questões do meio ambiente. (mais detalhes na nota postada hoje às 8h14). Ninguém no governo prestava atenção nela.

Militantes do MST invadiram e paralisaram novamente a Estrada de Ferro Carajás, no Pará. Cerca de 300 manifestantes ocupam desde das 13h30 os trilhos, no mesmo local da última ocupação, ocorrida durante o “Abril Vermelho”. Os sem-terra fizeram dois funcionários da Vale reféns. Os dois foram retirados à força de um carro da Vale e levados para o acampamento dos sem-terra, que fica a 300 metros da ferrovia. Os funcionários foram libertados agora há pouco.

As reivindicações dos sem-terra são várias – reforma agrária, melhoria das condições de trabalho dos garimpeiros etc. Nenhuma delas têm relação com a Vale, dona da ferrovia. O que teria detonou a nova ação do MST foi o não comparecimento de representantes do governo federal a uma reunião marcada para ontem, no Pará.

Até ontem, a estratégica Superintendência de Segurança Operacional da Anac estava nas mãos do brigadeiro Allemander Pereira. Com o seu pedido de demissão, a diretora-geral da Anac, Solange Vieira, acumulará funções até a indicação de um novo diretor.

O governo mandou ao BNDES dez ministros para dar a medida da importância do lançamento da política industrial de Lula. Beleza. Mas é curioso que Marina Silva não tenha ido. Será por que o pacote do governo não conjuga desenvolvimento industrial e meio ambiente? Ou porque Marina Silva não tem mais o prestígio de outrora? Talvez acerte quem aposte nas duas possibilidades.

Em seu blog, José Dirceu já atacou por duas vezes o “cinismo e o ódio da oposição e a  “nossa mídia” (nossa?) desde que apareceu o nome de seu ex-assessor José Aparecido Nunes na história. As diatribes são as de sempre. Mas Dirceu deve estar furioso mesmo é com uma outra turma. Até agora, nenhuma voz do governo levantou-se para defendê-lo das especulações sobre suas intenções neste episódio do dossiê.

Acabou o acordo de acionistas da Aracruz Celulose, firmado vinte anos atrás entre Votorantim, Safra, Lorentzen e Bndespar. O mercado especula muita coisa: o grupo Lorentzen gostaria de pular fora; a Votorantim quer aumentar a sua fatia na empresa , a Suzano trabalha para entrar na empresa – e assim por diante.

Mas o mesmo mercado é unânime no seguinte: nada irá acontecer imediatamente.

Ontem, num dia de calmaria na Bovespa, as ações da Aracruz foram as que mais subiram – tiveram uma alta de 5,95%.

A longa entrevista com Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabela, rendeu ao Fantástico um ótimo Ibope e o maior pico de audiência do programa em mais de um ano. A média de audiência do programa foi de 33 pontos (com 50% de share, ou seja, metade dos aparelhos de televisão ligados estavam sintonizados na Globo) – exatamente a mesma audiência do Fantástico que apresentou a entrevista exclusiva com Alexandre Nardoni e Anna Jatobá, no dia 20 de abril. Mas o pico de audiência foi maior com a mãe de Isabella no ar do que o registrado com a entrevista do casal: 43 pontos, contra 42 pontos. O interesse popular com o caso está, como se vê, longe de acabar.

Asdrubal Chávez, primo de Hugo e diretor da Pdvsa, passou a manhã no Rio de Janeiro. Mais especificamente no estaleiro Eisa. Foi saber a quantas anda a encomnda de dez petroleiros que a estatal de petróleo venezuelana fez ao estaleiro brasileiro. Foi informado que os primeiros navios serão entregues no final do ano que vem.

Política de boa vizinhança: Aécio Neves almoçou na quinta-feira passada com quase toda a cúpula do SBT, em São Paulo. O “quase” fica por conta da ausência de Silvio Santos, que viajara na véspera para os EUA.

O Conselho Curador da TV Brasil reúne-se amanhã, em Brasília, pela terceira vez desde que foi criado. São pelo menos duas as expectativas para o encontro.

Primeiro, se sairá dali alguma decisão do caso do editor do telejornal da emissora que, ao ser demitido, acusou seus chefes de exigir um jornalismo chapa-branca.

E, em segundo, lugar, está todo mundo curioso para saber se o conselheiro Delfim Netto vai aparecer por lá. Nas duas primeiras reuniões, ele arranjou coisa melhor para fazer.

Na primeira semana de junho, a indústria automobilística vai bater uma marca significativa: 5 milhões de carros flex vendidos.

Na semana passada, Marcelo Crivella disse que o vice ideal para sua campanha à prefeitura do Rio de Janeiro “seria D. Eugênio Salles ou um filho do Roberto Marinho”. A frase é puro Duda Mendonça, o marqueteiro que já está quase contratado para assessorá-lo e que já anda dando uns palpites ao senador. Daqui para frente, portanto, o eleitor pode esperar um “novo” Crivella, com tiradas milimetricamente espirituosas.

A GP Investimentos comprou 20% da Estácio de Sá, o maior grupo de ensino universitário do Brasil. Pagou 259 milhões de reais. E, a partir de agora, dividirá o controle da instituição com a família Uchoa Cavalcanti, fundadora da Estácio. A família passa agora a deter 55% do negócio – mas o controle e a gestão passam a ser compartilhados. Pelo acordo, o novo conselho de administração da Estácio terá um total de seis integrantes: a GP e os Uchoa Cavalcanti indicarão três cada um. É o primeiro investimento da GP, o maior fundo de private equity do Brasil, em educação.

As negociações começaram três meses atrás e foram concluídas ontem à noite. Há três semanas, o movimento do mercado financeiro parecia indicar que algo estava acontecendo. No dia 25 de abril, uma sexta-feira de calmaria na bolsa, as ações subiram 10%. Desde julho de 2007 a empresa tem papéis negociados na Bovespa.

A aquisição da GP teve uma peculiaridade. Nenhum banco de investimentos participou da operação. O negócio foi feito diretamente entre as partes e os advogados. Pela GP, Antonio Bonchristiano comandou a transação. Do lado da Estácio, Marcel Uchoa Cavalcanti, filho do fundador da empresa, que hoje conta com cerca de 200 000 alunos em doze estados do país – Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Fortaleza, entre eles. As universidades que a família Uchoa Cavalcanti têm no Paraguai e no Uruguai ficaram fora do negócio.