Apenas 17% das empresas listadas na bolsa brasileira têm metas climáticas
Levantamento mostrou que setor de papel e celulose lidera iniciativas
Um levantamento sobre a adoção de metas para a redução de impactos climáticos pelas empresas brasileiras de capital aberto na bolsa dá uma mostra do quão o nosso drama ambiental está distante de acabar.
Até abril passado, apenas 17% das empresas listadas na B3 tinham metas específicas relacionadas à mitigação do impacto das suas operações nas mudanças climáticas.
A pesquisa, feita pela consultoria Luvi One, analisou relatórios de 384 empresas brasileiras na bolsa de valores. O setor de papel e celulose aparece no topo dos com empresas mais comprometidas com a causa ambiental.
Das seis companhias de papel e celulose na bolsa, pelo menos quatro apresentaram metas específicas destinadas à preservação ambiente, o equivalente a 67% das companhias de capital aberto do setor.
Outros segmentos tiveram níveis não tão ruins de cuidado com o ambiente, caso das telecomunicações, com 60% das empresas na bolsa com metas específicas sobre o assunto. Na sequência vem o setor de alimentos, com 47% das empresas comprometidas, seguido da energia elétrica, com 35%.
Do lado oposto, das com menos metas para preservar o ambiente, estão a construção civil (4%), máquinas e equipamentos (7%) e siderurgia e metalurgia (13%).