A grande preocupação de Bolsonaro em Nova York
Presidente brasileiro fez questão de gravar vídeo diante de manifestantes que gritavam contra ele e levaram o ministro da Saúde a mostrar o dedo do meio
Em Nova York desde domingo, o presidente Jair Bolsonaro teve apenas dois compromissos oficiais até o momento. Nesse meio-tempo, aproveitou para se exibir comendo pizza na rua e almoçar em uma churrascaria.
Há pouco, Bolsonaro fez questão de publicar nas suas redes sociais um vídeo que gravou na frente de manifestantes que gritavam palavras de ordem contra ele na noite desta segunda-feira para minimizar o ato. “Meia dúzia de acéfalos protestam contra Jair Bolsonaro para delírio de parte da imprensa ($) brasileira”, escreveu o presidente, que vai fazer logo mais o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU.
O protesto, apesar de pequeno, foi suficiente para levar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a explodir e mostrar o dedo do meio aos manifestantes, de dentro de uma van.
“Olha aqui, tem aproximadamente dez pessoas aqui fazendo um escarcéu. As pessoas estão fora de si. E logicamente que a imprensa brasileira vai dizer que houve uma manifestação enorme contra mim aqui em Nova York. E estão vendo que não é verdade”, narrou Bolsonaro, chamando os manifestantes de “bando que nem sabe o que está falando ali”.
O presidente disse ainda que os opositores deveriam estar num país socialista e não nos Estados Unidos. Negacionista, o brasileiro foi cobrado publicamente pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, por ter ido à cidade sem ter se vacinado. Pelo Twitter, o democrata marcou Bolsonaro e indicou locais de vacinação na cidade.
Na sua única reunião bilateral até o momento, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, Bolsonaro passou vergonha quando o britânico exaltou a vacina de Oxford e da AstraZeneca e ele disse que ainda não tinha tomado a vacina.
Antes de abrir a Assembleia da ONU, o presidente terá encontros com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, e com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.