As bolsas europeias e os futuros americanos operam em leve alta na manhã desta sexta-feira (29), com investidores acompanhando dados de inflação divulgados na Europa e uma expectativa de liquidez mais reduzida no mercado financeiro dos Estados Unidos, devido à Black Friday, que fecha o pregão mais cedo por lá.
No Brasil, o mercado ainda repercute a divulgação do pacote fiscal do governo, recebido com ceticismo. A proposta incluiu pontos importantes, como o ajuste real do salário-mínimo dentro do estabelecido pelo Arcabouço Fiscal – de 0,6% a 2,5% – e uma proposta de economia grande, de R$ 70 bilhões até 2025. Porém, a notícia de que haveria isenção de imposto de renda para salários até R$ 5 mil e a instituição de um imposto de 10% a salários acima de R$ 50 mil não agradou, porque, o que era para ser um pacote de cortes, virou uma condição do Planalto para aceitar um ajuste fiscal, na visão de interlocutores de mercado. Como resultado, o dólar bateu a marca dos R$ 6, maior nível da história.
Juliana Machado entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners. Para ele, se a situação brasileira for comparada com uma cesta de moedas de mercados emergentes, a cotação do dólar deveria estar mais perto de R$ 5,60. No entanto, considerando os novos desdobramentos na frente fiscal, o preço agora é outro. “Eu acredito que, por enquanto, o dólar próximo de R$ 6 é um nível razoável. Acima disso, eu acho que está estressado.”
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