Varejo sustenta alta da bolsa após vendas de Natal em shoppings crescerem
VEJA Mercado: setor acumula expressiva desvalorização no ano e se agarra no Natal para tentar recuperar a confiança do investidor
VEJA Mercado | Fechamento | 27 de dezembro.
A última semana de negociações na bolsa de valores em 2021 foi aberta e quase ninguém quis saber de comprar ou vender ações. O volume negociado foi de aproximadamente 15 bilhões de reais, enquanto o habitual é pelo menos o dobro disso. As festas de fim de ano naturalmente diminuem o número de negociações, mas é bem verdade que tem muito investidor que vai sair desapontado de 2021, ano em que o Ibovespa acumula um recuo de mais de 11%. E na derradeira semana do ano, quem começou subindo foi o varejo, um dos grandes vilões nessa balança. A Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) reportou um crescimento de 10% nas vendas de Natal, o que trouxe algum alento para um setor tão amassado em 2021. “Os números preliminares que apontam que o Natal foi bom aliados à redução na pressão dos juros futuros beneficiaram a economia doméstica voltada ao consumo, como o varejo”, avalia Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos. Magazine Luiza e Via fecharam em altas de 9,3% e 8%, respectivamente, enquanto a perda anual está na casa dos 70%. Já o Ibovespa avançou 0,63%, a 105.554 pontos.
Na gangorra provocada pela variante ômicron, que um dia faz os mercados caírem e, no outro, subirem, o petróleo brent fechou em alta de 3,5%, a 78,4 dólares o barril. A Petrobras, que possui peso importante no Ibovespa, subiu 1,5%. No lado da baixas, os analistas avaliam que a queda de 2,1% da Marfrig se deve a uma realização dos lucros nas últimas semanas e à desvalorização do dólar frente ao real na sessão de hoje, uma vez que a empresa exporta boa parte da produção para outros países. A moeda americana fechou em queda de 0,42%, a 5,638 reais.
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