Privatização da Eletrobras só precisa agora da caneta de Bolsonaro
Câmara aprova maior parte das mudanças promovidas no Senado e texto vai à sanção presidencial
Depois de duas tentativas frustradas de promover a privatização da Eletrobras por meio de projetos de lei, o governo Bolsonaro conseguiu aprovar em definitivo a medida provisória que prevê sua capitalização. A Câmara dos Deputados aprovou nesta noite a maior parte das modificações que chegaram do Senado e o texto-base foi mantido. Mas para que a medida fosse aprovada, o governo aceitou o que a senadora Simone Tebet (MDB_MS) chamou de fauna completa. A quantidade de jabutis foi surpreendente e incluiu a obrigação do governo federal de comprar energia de usinas termelétricas movidas a gás natural em locais onde ainda não há gás natural, o que vai significar que o consumidor de energia vai ter que financiar a expansão de gasodutos. Ficam de fora as empresas Eletronuclear e Itaipu, que juntas vão formar uma nova estatal.
Os investidores da bolsa não deram a menor bola para os jabutis e as ações da Eletrobras renovaram suas máximas históricas hoje subindo acima de 47 reais, com alta de quase 3,5%. A expectativa do governo é que a venda do controle da Eletrobras aconteça até janeiro de 2022.