Por que o Orçamento Secreto virou um dos grandes vitoriosos das eleições
Deputados reeleitos por partidos do Centrão afirmam que, mesmo eleito, Lula não deve ser capaz de extinguir as emendas do relator
Deputados reeleitos por partidos do Centrão na noite de domingo, 2, afirmaram ao Radar Econômico que esperam a continuidade do Orçamento Secreto independentemente de quem se sagrar vitorioso na eleição à presidência da República. Independentemente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) sagrarem-se vitoriosos, o interesse dos parlamentares seria intransponível quando se trata das emendas do relator, nome oficial da distribuição de emendas com critérios um tanto quanto arbitrários. Mesmo que eleito, Lula teria que “pisar em ovos”, como afirmado por uma fonte, ao negociar essa questão, graças à votação expressiva de aliados de Bolsonaro ao Congresso Nacional.
Também foram ventiladas algumas mudanças que poderiam ocorrer nas emendas do relator, como na maneira como as elas são distribuídas, podendo ser pautadas pelo tamanho das bancadas partidárias, e em seus valores, que possivelmente seria reavaliado. Quanto à influência de Lula na próxima eleição à presidência da Câmara dos Deputados, um parlamentar experiente foi enfático. “Se a indicação para a presidência da Câmara partir do Executivo, não vai dar certo. Os deputados sempre têm a primeira e a última palavra”, disse.