Por que Guedes faz questão de ter um secretário em Washington
Membros do Ministério da Economia argumentam que países como a China e até a Colômbia mantêm um número expressivo de colaboradores nos EUA
Secretário de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa está de malas prontas. Procurando manter-se discreto e fora dos holofotes, ele disse a auxiliares que a assunção do posto de representante para assuntos econômicos em Washington, capital dos Estados Unidos, visa melhorar a posição do país em tratativas comerciais com a maior economia do mundo. Com sua criação criticada por, supostamente, ser inócua graças à existência de representação diplomática no país, o posto é considerado estratégico para o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Membros do Ministério da Economia argumentam que a ida de Costa é relevante para o Brasil e que países como a China e até a Colômbia mantêm um número expressivo de colaboradores para estreitar as relações comerciais entre os países com os EUA. Esses mesmos assessores do ministro afirmam que os vencimentos de Costa aumentarão em cerca de 10 mil reais — hoje, o secretário recebe 17.300 reais; passará a ganhar 27.400 reais. Eles argumentam que a assinatura do aumento e da nomeação para o cargo, chancelada pelo próprio secretário, poderia ter sido feita “por qualquer um”.
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