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Patrick Sigrist: ‘Talvez a gente veja uma quebradeira de startups’

Cofundador do iFood e da Nomad, o investidor e empresário Patrick Sigrist aposta em tempos difíceis para o ecossistema das startups com quebra do SVB

Por Felipe Mendes Atualizado em 17 mar 2023, 18h00 - Publicado em 17 mar 2023, 14h33

Dono de uma reputação ímpar, o paulista Patrick Sigrist analisa a escassez de dinheiro no mercado financeiro como algo preocupante para o ecossistema das startups. Cofundador do iFood, da fintech Nomad e da Yellow Ventures, na qual atua como investidor-anjo, Sigrist vaticina que a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) terá proporções desastrosas para startups em estágios mais avançados e que ainda não atingiram o ponto de equilíbrio. “Acredito que muita startup que queimou dinheiro no ano passado, vai começar a ter dificuldades agora. Talvez a gente passe por um momento de quebradeira de startups”, afirma Sigrist, em entrevista ao Radar Econômico. “O que aconteceu vai dar uma bagunçada no mercado.”

Segundo ele, a percepção no mercado em relação aos aportes em empresas em estágios mais avançados mudou. “A gente vê claramente que mudou o jeito de se fazer a avaliação e a disponibilidade de dinheiro. De fato, o pessoal não quer mais comprar sonho e promessas futuras. Acho que secou bastante esse dinheiro para empresas em um estágio mais late ou de growth. Acho que vai ter uma seleção mais rígida e, com certeza, um foco maior em conseguir pagar menos pelo equity (patrimônio) nesses investimentos”, reforça.

Sigrist diz que a Nomad não estava exposta à quebra do SVB e realça que as operações realizadas pela fintech são protegidas pelo fundo garantidor de crédito americano, o FDIC. Em novembro, a empresa adquiriu outra fintech, a Husky, que tem visto sua demanda crescer nos últimos dias diante do caos no mercado. “As startups já utilizavam a plataforma da Husky para ajudar na transferência de aportes recebidos dos Estados Unidos para o Brasil, mas o colapso recente fez aumentar esse fluxo expressivamente, já que boa parte das empresas tinha fundos no SVB”, afirmou Sigrist. Ele encerra a conversa ressaltando que o governo americano foi ágil para minimizar os impactos da quebra do ‘banco das startups’ e brinca com a situação. “Ninguém gosta da intervenção do Estado em outros assuntos, mas nesse caso todo mundo achou bom. Isso é curioso.”

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