Pandemia pode durar cinco anos na China; Brasil seria o mais prejudicado
Jornais estatais da China dizem que política "Covid zero" deve perdurar por cinco anos, enquanto BIS diz em relatório que Brasil seria o mais prejudicado

Os jornais estatais da China repercutem nesta segunda-feira, 27, uma possível extensão da política chinesa de “Covid zero” por mais cinco anos. “Nos próximos cinco anos, Pequim compreenderá incessantemente a normalização da prevenção e controle da epidemia”, dizia um anúncio do Diário de Pequim atribuído ao secretário do Partido Comunista na capital, Cai Qi. A estratégia das autoridades chinesas consistiu, nos últimos meses, em confinar milhões de pessoas diante do surgimento de novos casos de coronavírus no país, ordem que desacelerou a atividade econômica chinesa.
Segundo relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais, a economia brasileira pode ser uma das mais prejudicadas em caso de desaceleração dos chineses. A instituição calcula que a cada ponto porcentual de recuo no crescimento da economia da China, o Brasil pode desacelerar 0,7 ponto percentual. “Muitas economias emergentes estão altamente expostas ao crescimento chinês mais lento, especialmente países da Ásia emergente e alguns exportadores de commodities”, afirmou o banco.
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