Os puxões de orelha do Planalto no presidente da Petrobras
Governo não gostou nada do plano de investimentos da companhia

A vida de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, não anda nada fácil neste mês de novembro. Em um curto espaço de tempo ele levou dois puxões de orelha do Planalto. O primeiro deles aconteceu no dia 9, durante reunião à portas fechadas em que ele apresentou uma prévia do novo plano de investimentos da companhia.
A equipe do governo desaprovou vários pontos do plano e pediu maior foco no que pode impactar a economia brasileira. O motivo do desagrado foi a contratação de fornecedores estrangeiros em detrimento de projetos que poderiam promover a criação de postos de trabalho no Brasil. Além disso, emissários palacianos reclamaram da falta de números sobre o setor naval e prazos longos demais para o setor de fertilizantes. O governo também apontou o atraso e pediu a retomada da obra de conclusão de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados em Mato Grosso do Sul, a UFN 3.
Estavam na reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que foi o responsável pela segunda saia justa do presidente da Petrobras este mês.
Em entrevista à GloboNews, Silveira afirmou que o governo deve acionar a Petrobras para cobrar uma redução nos preços dos combustíveis, frente à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Segundo o ministro, a redução do preço do óleo diesel seria fundamental porque impacta diretamente a inflação, já que o grande impulsionador da economia é o transporte rodoviário.