PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich

Os desafios e temores para 2023 no mercado

Escalação de ministros e posse de Lula trará novas estratégias para lidar com problemas estruturais

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 10h49 - Publicado em 31 dez 2022, 11h18

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 26/12 a 30/12

Em meio à calmaria do hiato entre Natal e Ano Novo, a última semana do ano encerrou mais um ciclo da história política e econômica do país. O governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva fechou a escalação do primeiro escalão do Executivo federal, oficializando nomes mais ao centro na composição. Antes com maior predominância de quadros petistas, os ministérios que passarão a atuar em primeiro de janeiro agora contemplam com expressividade partidos como União Brasil, PSD e MDB. Este último terá Simone Tebet como sua principal representante na Esplanada, comandando a pasta do Planejamento e Orçamento. Apesar do perfil político e não técnico, a senadora traz bons sentimentos a agentes do mercado, devido a seu perfil mais liberal.

No dia seguinte ao anúncio de Tebet como principal colega de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, mais três nomes com influência econômica foram oficializados. Tratam-se de presidentes de grandes estatais: Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal e Petrobras. As duas primeiras serão comandadas por servidoras públicas de carreira, Tarciana Medeiros no BB e Rita Serrano na Caixa. Já a última ficou como indicação política para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), como já era especulado. Vale lembrar que outra estatal de grande porte, o BNDES, também sofreu uma indicação política neste mês, com a escalação de Aloisio Mercadante. Com a bolsa em recesso na última sexta-feira, dia da oficialização de Prates, os papéis da petrolífera não puderam reagir. De todo modo, a semana não foi de perdas para o Ibovespa, com alta de 2%.

Também sobre os fatores que irão influenciar o ano que está por vir, maus presságios tem rondado o mercado. Na quarta-feira, 28, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou para o terceiro mês consecutivo de desaceleração na geração de empregos no país. Segundo estimativas da Genial Investimentos, o ano deve acabar com a taxa de desemprego em 7,8% e chegará a 9,6% em 2023. Além disso, o Boletim Focus previu que o IPCA de 2023 será de 5,23%, acima da meta, e os juros permanecerão elevados, em 12%. A expectativa é de um cenário mais que desafiador para o terceiro mandato de Lula, que pode inclusive ter de lidar com um aumento substancial no preço dos combustíveis rapidamente, a depender da prorrogação ou não dos subsídios em vigor. Ainda não há consenso dentro do PT sobre a questão, que pode acarretar em 0,69 reais de aumento nos preços por litro de gasolina.

Não há outra questão de maior destaque para ficar no radar dos investidores que não os movimentos do governo prestes a assumir. Após um ano duro para o mercado financeiro, marcado pela eclosão de uma guerra e a intensificação de crises comerciais, acompanhadas pela alta da inflação e dos juros, uma guinada expressiva da política econômica está por vir no Brasil. O contexto fiscal, inflacionário e monetário são delicados. Com um dia para o início de um novo ciclo no país, resta apenas desejar que os futuros governantes usem da razão para que o país possa navegar seguramente pelo que está por vir.

Siga o Radar Econômico no Twitter

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.