O recado de Temer a Bolsonaro sobre leilão de concessão em ano eleitoral
Governo caminha para fazer leilão do aeroporto de Congonhas
O ex-presidente Michel Temer tinha tudo pronto para fazer leilões de concessões de portos, aeroportos e ferrovias no último ano do seu governo, em 2018. Mas deixou agendado para que o governo que o sucederia realizasse os leilões, em março de 2019. Foi assim que Bolsonaro inaugurou seu governo leiloando 12 aeroportos, a ferrovia Norte e Sul e quatro áreas portuárias. Qual o motivo para Temer ter deixado para o próximo governo, antes mesmo de saber quem se elegeria? Ele respondeu à coluna: “os investidores se sentem mais seguros.” Leilões em ano de eleições trazem insegurança jurídica pelo fato de poder haver uma troca de comando, reduzindo o número de competidores e aumentando o risco de se atrair aventureiros. Mas o governo Bolsonaro, há quatro meses da eleição, sinaliza que deve dar andamento a processos importantes ainda neste ano como o leilão do aeroporto de Congonhas, que acabou de ter suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Cada governo tem seu sentimento”, diz Temer.
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