O mercado ainda acredita na privatização da Petrobras?
VEJA Mercado: os hipotéticos cenários pós-eleições começam a ser discutidos pelo mercado
A 11 dias do primeiro turno das eleições, o assunto “eleição” parece ter esquentado de vez no mercado financeiro. Depois do aceno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, os investidores passaram a discutir com mais frequência os eventuais efeitos pós-eleições. A chance de uma privatização da Petrobras em um governo petista é próxima de zero, enquanto a probabilidade do processo ser concluído em um eventual novo governo de Jair Bolsonaro também parece remota. “Apesar de acharmos pouco provável, a privatização da Petrobras está na pauta do atual governo. É pouco provável, mas a longa jornada de privatização da Eletrobras nos faz seguir sonhando com a possibilidade. Entretanto, achamos que a privatização da empresa está longe de estar precificada na empresa”, escrevem os analistas da Genial em relatório.
Como sonhar não custa nada, os cálculos da gestora apontam para uma poderosa valorização da companhia caso o processo saia do papel um dia. “Em nossa leitura, o potencial de valorização ficaria em pelo menos 100% em relação às cotações atuais se considerarmos que nos médio e longo prazos uma Petrobras privatizada alcançaria um nível de avaliação próximo aos pares privados internacionais”, avaliam. No acumulado do ano, os papéis da estatal sobem 60%, alavancados pelo preço do petróleo e pela política de forte distribuição de dividendos.