“O impasse é encontrar quem tope”, diz Méliuz sobre mulheres no conselho
VEJA Mercado: ainda não há presença feminina na diretoria executiva e no conselho da companhia
As pautas ESG e de diversidade nas empresas são cada vez mais cobradas pela sociedade e pelos investidores, sobretudo naquelas listadas em bolsa, mas ainda há um longo caminho a se percorrer. A empresa de tecnologia Méliuz, por exemplo, ainda não possui mulheres em cargos de conselho e diretoria, mas avalia que a presença feminina nesses cargos deve ser confirmada em breve. “Está mais perto do que longe, disso eu tenho certeza. O maior impasse é encontrar pessoas que topem. Fizemos ofertas a duas mulheres que não aceitaram, mas é algo que trabalhamos continuamente”, diz Luciano Valle, diretor de RI da empresa. “Existe a presença maciça de mulheres em outros cargos de diretoria e chefia, é importante ter esse equilíbrio. Temos a política de promover alguns colaboradores ao cargo de sócio, e no último ciclo foram três mulheres promovidas e um homem. Temos consciência de que há muito por fazer, mas que já progredimos bastante na diversidade também”, avalia o executivo.
Sobre os negócios da Méliuz, o diretor defende que a alta de juros na economia brasileira não deve impactar a liquidez da companhia, uma vez que a listagem na B3 ocorreu em novembro de 2020, e um follow-on foi realizado em julho de 2021 para sustentar o caixa. O grande objetivo da empresa para 2022 é estruturar um “superapp” para o cliente. Além do já conhecido cashback, a meta é fornecer serviços financeiros, cartões de crédito e até possibilitar a compra e venda de bitcoins dentro desse aplicativo. “Não queremos ser um banco e nem uma varejista, mas sim uma empresa que atue nesse ecossistema para promover uma geração ganha-ganha entre clientes e parceiros”, encerra Valle.
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