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Por Pedro Gil (interino)
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O que explica a nova série de demissões em massa do setor de inovação

Investimento em negócios inovadores sofre com a alta nos juros, levando a ajustes em nome da sobrevivência de startups

Por Felipe Erlich Atualizado em 6 jul 2022, 10h54 - Publicado em 6 jul 2022, 10h52

Ao menos por enquanto, demissões em massa em startups parecem se manter firmemente neste início de semestre. A mais recente ocorreu na Loft. A plataforma digital de transações de imóveis demitiu 384 funcionários — ou 12% de seus colaboradores —na terça-feira, 5, alegando uma busca por maior eficiência. A empresa havia demitido 159 colaboradores em abril, que então representavam 5% do total. No total, 543 funcionários que deixaram seus postos em cerca de três meses.

Com a taxa Selic em 13,25% ao ano, muitos investidores logicamente desenvolveram uma alergia ao risco, migrando para a renda fixa. Bruno Diniz, professor da USP especializado em inovação financeira, afirma que as startups são negócios particularmente afetados por momentos como esse, já que apresentam um risco bastante elevado. Baseado num modelo de negócios de gastos acelerados e menor preocupação com resultados, ao menos num primeiro momento, o setor de inovação depende de mais otimismo dos investidores que outros. Diniz também comenta que são negócios muito ancorados em cenários futuros e está difícil de ver uma luz no fim do túnel. “Muitas dessas startups nunca viveram uma crise desse porte, o que faz com que se preocupem mais com entregar bons resultados, levando a ajustes de funcionários. Para evitar morrer, cortam o braço”, diz o professor.

Outra startup que demitiu um número semelhante de colaboradores foi a Ebanx, que dispensou 340 pessoas em junho, o que representava 20% de seus quadros. Empresas como Quinto Andar, concorrente da Loft, e Facily também fizeram ajustes do tipo no primeiro semestre. A aversão ao risco causada pela alta nos juros também tem impactado negócios que unem tecnologia e investimentos em renda variável, como Valemobi, Empiricus e o Grupo Primo, que demitiram 10%, 12% e 20% de seu pessoal, respectivamente, apenas no mês de junho. Em meio a esse cenário, Diniz enxerga alguma esperança, destacando um esforço muito grande da comunidade para realocar os demitidos, com a criação de listas compartilhadas com os contatos dessas pessoas, como no caso do site Layoffs Brasil.

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