Manobra do governo para vender Petrobras em 2022 é “improvável”, diz Citi
VEJA Mercado: conversão de papéis preferenciais em ordinários transformaria o governo federal em acionista minoritário da Petrobras

Uma possível manobra do governo federal para vender suas ações da Petrobras ainda em 2022 e, assim, deixar o controle da companhia, é vista como “improvável” pelos analistas do banco Citi. A proposta seria converter os papéis preferenciais pertencentes ao governo em ordinários, transformando o poder público em acionista minoritário da empresa, sem o controle da companhia. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe poderiam argumentar que não possuem poder algum sobre os rumos da Petrobras em caso de novos reajustes dos combustíveis.
Os analistas do Citi consideraram a proposta como “improvável” a curto prazo porque a companhia precisaria vender ativos para não se transformar em um monopólio privado. Mas eles afirmam que as outras manobras, como uma eventual CPI contra a empresa e mudanças na Lei das Estatais para abandonar a paridade com os preços internacionais, aumentam a percepção de risco para os investidores, mesmo com a boa alocação de capital da Petrobras e a expectativa de dividendos de até 100 bilhões de reais em 2022.
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