Já é difícil encontrar quem acredite que a bolsa dê lucro ainda em 2021
VEJA Mercado: incertezas domésticas e internacionais devem frear rali de fim de ano
VEJA Mercado | Fechamento da semana | 22/11 a 26/11.
Tudo caminhava para uma semana no positivo, mas a descoberta da ômicron, nova variante africana do coronavírus, zerou os ganhos das três altas consecutivas do Ibovespa, que recuou 0,79% no acumulado da semana, a 102.224 pontos. A incerteza global em relação à cepa se somou ao eterno risco fiscal brasileiro que, juntos, fazem os analistas duvidarem que a bolsa ainda dê lucro em 2021. “É muito difícil imaginar um rali de fim de ano como se esperava há cerca de dois meses. Somente uma reviravolta muito grande, e improvável, faria o índice ganhar tração em dezembro”, diz André Zonaro, analista da Nord Research.
No ano, a bolsa perde 14% do seu valor e é difícil encontrar quem acredite que o mês de dezembro seja seja capaz de recuperar essas perdas. “As ações estão muito baratas, é a melhor janela de compra da história, salvo março de 2020, mas é muito improvável que o Ibovespa feche o ano no azul. Se continuar do jeito que está, com o agravamento da pandemia no mundo inteiro, o próximo suporte do índice é na faixa dos 96 mil pontos”, avalia Vitor Carettoni, diretor de renda variável da Lifetime Investimentos. Ou seja, já há quem até veja a bolsa abaixo dos 100 mil pontos.