Federação da indústria de Minas publica manifesto contra Supremo
Indústria de Minas vai na contramão da Fiesp e Febraban que queriam publicar manifesto pela harmonia do Poderes
Na moda dos manifestos, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também quis fazer seu próprio manifesto. Mas a indústria de Minas Gerais decidiu criticar o Poder Judiciário, dizendo que está havendo cerceamento à liberdade de expressão. O texto critica diretamente o Supremo Tribunal Federal, que recentemente tem determinado algumas prisões por considerar que manifestações, como a do presidente do PTB, Roberto Jefferson, extrapolam a liberdade de expressão. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral determinou a desmonetização de sites.
“Nas últimas semanas, assistimos a uma sequência de posicionamentos do Poder Judiciário, que acabam por tangenciar, de forma perigosa, o cerceamento à liberdade de expressão no país. Falamos de investigações e da possibilidade de desmonetização de sites e portais de notícias que estão sendo acusados em inquéritos contra as fake news. Em nosso entender, impor sanções sem o devido processo legal, contraditório e ampla defesa é uma precipitação, além de inequívoca afronta à Constituição Federal”, diz o manifesto. “A FIEMG espera que a exacerbação desta interpretação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) seja revisada”.
A Fiemg se recusou a assinar o manifesto que seria publicado pela Fiesp, feito pela Febraban, e que pedia pela harmonia dos Três Poderes.