Ex-Bradespar e Vale defende privatização da preservação da Amazônia
Executivo foi do comitê de sustentabilidade da Vale e viveu as grandes mudanças da empresa nos últimos anos
O advogado Johan Albino Ribeiro está deixando a diretoria da Bradespar, a holding de investimentos do Bradesco, e vai se dedicar ao escritório Mattos, Rodeguer Neto e Victoria. A Bradespar é uma das principais acionistas da Vale, onde Ribeiro fez parte do comitê de sustentabilidade e também era suplente do Conselho de Administração. Ribeiro é defensor de um processo de privatização da atividade de preservação da Amazônia, em que os concessionários ganhariam dinheiro com créditos de carbono, por exemplo.
Como um dos diretores da Bradespar, nos últimos cinco anos, Ribeiro atuou diretamente no processo de acordo da empresa com o Opportunity, de Daniel Dantas, na transformação da governança da Vale com o fim do acordo de acionistas e ainda viveu o drama do estouro da barragem de Brumadinho. Ele conta que a Vale vivia o slogan de “Mariana nunca mais” e de repente se viu de frente com uma nova tragédia. A barragem de Mariana pertencia a uma subsidiária da Vale, a Samarco, e, portanto, segundo ele, os acionistas acabaram mais distantes dos acontecimentos, diferente do que aconteceu com Brumadinho. “E agora foi tomada a decisão extrema de acabar e esvaziar as barragens”, diz o advogado.
Ribeiro diz que na nova fase, no escritório de advocacia, quer se dedicar à conciliação, algo que também fez quando esteve no Bradesco, onde foi diretor jurídico. Ribeiro também foi diretor jurídico da Febraban por sete anos.