Estrangeiros avaliam que Lula precisa empoderar Haddad
Bancos, fundos e agências de risco internacionais saíram satisfeitos de reuniões com o ministro em Davos
Bancos, fundos e agências de risco internacionais estão “moderadamente otimistas” com o Brasil e com o início da gestão de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda. A leitura é do sócio da consultoria Arko Advice, Lucas de Aragão, que realizou um périplo pelos Estados Unidos em reuniões com as instituições. “A leitura predominante é de que Haddad começa bem ao passar mensagem racional e pragmática em torno da responsabilidade fiscal, mesmo que às vezes vá na contramão do que diz Lula”, afirma ele, em entrevista ao Radar Econômico.
“Seria bom para o investidor estrangeiro que Lula empoderasse Haddad e chancelasse as falas do ministro, embora haja o entendimento de que as falas de Lula façam parte do jogo político”, afirma. “Os investidores gostaram das reuniões em Davos, das mensagens passadas. Há interesse dos estrangeiros em fundos de pensão e em obras de infraestrutura, além de energia — que consideram ter situação regulatória robusta — e em saneamento”, afirma ele.