Dólar faz ações de frigoríficos dispararem na bolsa
VEJA Mercado: expansão da JBS na Europa e reversão do dólar para alta beneficiam o setor, segundo os analistas
Os frigoríficos ignoram o resto do mercado, que está em um tremendo mal humor, e sobem na seção desta terça-feira, 14. Às 15h45, Marfrig, JBS e BRF subiam 5,1%, 4,6% e 3,7%, respectivamente, enquanto o Ibovespa recuava 0,62%. Os mercados viraram internacionalmente e fizeram o dólar subir, o que beneficiou o setor. “O dólar saiu da mínima de 5,61 reais para praticamente encostar nos 5,70 reais em poucas horas. Não é pouco, e melhora a performance das empresas que exportam grande parte de seus produtos”, avalia Rodrigo Barreto, analista da Necton Investimentos.
O dólar ensaiou uma queda de 1% e chegou aos 5,61 reais, mas reverteu a baixa para uma alta, às 15h45, de 0,34%, a 5,693 reais. “É sempre importante lembrar dos fundamentos dessas empresas. A pandemia fez os lucros aumentarem consideravelmente, e as empresas passaram a distribuir dividendos generosos que agradam bastante o mercado”, pontua Barreto. A JBS, por exemplo, distribuiu 2,37 bilhões de reais em novembro. No ano, as ações da companhia acumulam valorização de 65%, mas fato é que tamanha bonança entrou na mira do presidente americano Joe Biden, que considera os aumentos no preço da carne como “excessivos” e “acima da inflação”. A ver se o chefe da Casa Branca vai travar uma nova guerra com os frigoríficos por causa do preço do carne, assim como o fez com as petrolíferas, por causa do preço da gasolina.