Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Econômico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Pedro Gil (interino)
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Depois de vários dias sem ofertas, preços de fertilizantes sobem 20%

Fornecedores já alertam agricultores brasileiros que mesmo produto já contratado pode correr o risco de não ser entregue

Por Josette Goulart Atualizado em 3 mar 2022, 20h38 - Publicado em 3 mar 2022, 20h37

O produtor que quisesse comprar fertilizantes depois do início da guerra não estava conseguindo sequer cotação de preços. Nesta quinta-feira, 03, no fim do dia, alguns preços na faixa dos 1000 dólares por tonelada surgiram, segundo Jeferson Souza, especialista em fertilizantes da consultoria Agrinvest Commodities. Isso representa uma alta de cerca de 20% sobre um preço de fertilizante que já estava nas alturas. Em um ano, os preços dos diferentes tipos de fertilizantes já tinham subido entre 100% e 220% porque o gargalo é bem anterior à guerra. Os produtores do Mato Grosso, por exemplo, que normalmente já teriam 70% dos fertilizantes comprados para a safra 22/23 agora só estão 60% contratados. Muitos deles deixaram para fechar contratos neste ano esperando uma queda do dólar e mesmo dos preços dos produtos. Mas com a guerra esta situação tende a se agravar.

A Associação dos Produtores de Soja já está recomendando a produtores que usem apenas a reserva de solo no plantio deste ano. Ou seja, sem fertilizantes.

Para tentar reduzir um pouco a dependência russa no curto prazo, o  governo vai tentar negociar com canadenses para ampliar a compra dos fertilizantes. Mas os fornecedores já disseram que não vão aumentar significativamente a produção porque não podem correr o risco de a guerra acabar e normalizar a entrega da produção russa. A ministra da agricultura, Tereza Cristina, disse em entrevistas que o Brasil está tranquilo para a safra 2022/2023 e que  teria estoques de passagem de fertilizantes até outubro. Mas a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), que foi citada pela ministra como uma das fontes de informação, informou nesta quinta-feira, 03, que os estoques são suficientes até março.

Os produtores de Mato Grosso precisam ter os fertilizantes entregues em suas terras até fim de agosto, início de setembro. Isso significa que precisam garantir a compra até junho e julho. Ou seja, tudo passa a depender do tempo de duração da guerra. O relógio está correndo.

*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.