Como a Faria Lima subestima o agronegócio
Em entrevista ao programa Mercado, o colunista de VEJA Gustavo Junqueira explica o PIB do setor
Enquanto parte do mercado segue olhando só para juros, câmbio e Faria Lima, o agro brasileiro entrega crescimento, escala e estabilidade. O setor opera com ciência, planejamento de longo prazo — não por humor de mercado, a análise é do colunista de VEJA, o empresário Gustavo Junqueira.
Apear do PIB do Brasil andar de lado no terceiro trimestre — 0,1% — o agro cresceu 0,4%. Junqueira não esconde a crítica: “O agro precisa ser melhor estudado pelos economistas”. Segundo ele, parte das análises segue concentrada no mundo urbano, onde a economia liga e desliga a cada ciclo. O empresário explica que o agro não funciona assim: tem menos volatilidade, depende menos de margens e muito mais do volume físico produzido. É por isso que cresce quando o resto estagna — e por que tantos subestimam sua força. É um setor que opera dia e noite, com decisões tomadas 6 a 18 meses antes, e que não muda rota porque o dólar subiu ou porque apareceu uma tarifa nos EUA. O agro é um sistema — não um trade.
Essa rigidez estrutural explica tanto o desempenho quanto o desconforto dos economistas, resume Gustavo Junqueira. O produtor rural toma decisões de safra com muita antecedência, sustenta uma cadeia de décadas e mantém produção mesmo quando as margens apertam — porque parar custa mais caro que seguir. O resultado é um setor menos sujeito ao vaivém do mercado e mais conectado a ciclos longos, ciência aplicada e demanda global.
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