CCR diz que vai à Justiça se SP congelar pedágio; veja impacto nas contas
VEJA Mercado: reajuste anual de 11,73% foi suspenso pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP)
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB-SP), decidiu suspender o reajuste anual de 11,73% nos pedágios das rodovias paulistas. A justificativa oficial é de que o aumento de quase 30% no preço da gasolina nos últimos doze meses pressionou os custos dos motoristas. A CCR, que teve suas concessões no estado ampliadas por mais onze anos com base nas contas da Artesp, que promoveu reajustes por desequilíbrio econômico nas rodovias de 9 500%, diz que vai à Justiça se o pedágio não subir. “O Grupo CCR espera que o estado de São Paulo reitere o seu respeito à lei e aos contratos de concessão em vigor. Não o fazendo, as concessionárias adotarão as medidas cabíveis para garantir a aplicação dos direitos contratualmente estabelecidos”, disse a empresa.
Os analistas da XP Investimentos afirmam que a suspensão do reajuste é negativa para empresas como CCR e EcoRodovias e que o impacto no caixa das companhias seria na ordem de 8% do Ebitda. “Acreditamos que as empresas tentarão negociar com a Artesp e o governo um rápido reequilíbrio em caixa, e não via extensão de contrato”, escreveram. Duas medidas já adotadas em situações semelhantes no passado são a redução da taxa de concessão variável e a autorização para cobrança de eixos suspensos de caminhões.
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