Bolsonaro cobra corte no preço de gás e Petrobras censura jornalistas
Estatal não deixou que jornalistas perguntassem em coletiva sobre declaração de Bolsonaro de que estava tratando redução de preços com Silva e Luna
Os diretores da Petrobras concederam uma entrevista coletiva a jornalistas para falar dos resultados do balanço da empresa, o primeiro divulgado na gestão do general Joaquim Luna e Silva, mas não tocaram no assunto do preço do gás. Os jornalistas enviaram muitas perguntas para o chat sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que disse que estava tratando com o general sobre redução de preços. “Eu zerei todos os impostos do gás de cozinha, estamos trabalhando com o novo presidente da Petrobras em como diminuir o preço do botijão na origem. Hoje está em R$ 42, dá para diminuir”, disse Bolsonaro em evento nesta sexta-feira, 14. Na Petrobras, o que se diz é que a regra, que não é de hoje, é de não comentar declarações do presidente. Na coletiva com jornalistas, Luna se limitou a enviar um vídeo de saudação. A assessoria de imprensa diz que não foi censura, mas que apenas não leu as perguntas que seriam respondidas com “não comentamos”.
No começo do mês, as distribuidoras de gás confirmaram um aumento de quase 40% nos preços, repassado pela estatal.