Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Econômico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Pedro Gil (interino)
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

A promessa de Bruno Dantas para conseguir adiar a venda da Eletrobras

Movimento da oposição conseguiu adiar a análise da venda da estatal

Por Josette Goulart Atualizado em 21 abr 2022, 18h15 - Publicado em 21 abr 2022, 18h08

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, lutou com tanto afinco para adiar a venda da Eletrobras que durante a seção de ontem, que acabou com um pedido de vista do ministro Vital do Rego, fez promessas convenientes. “Não votarei nunca mais enquanto eu estiver neste colegiado”, disse convicto o ministro se referindo ao prazo de apenas 7 dias para o pedido de vista. Prazo que ele mesmo havia chancelado no ano passado quando se discutia o leilão do 5G. “Me arrependi amargamente de tê-lo feito. Aquela decisão lançou sobre nós uma zona de atrito absolutamente desnecessária e que no longo prazo tende a se potencializar mais e mais e mais”, disse o ministro. “Não tinha parado para refletir sobre o assunto”.

No leilão do 5G, o recém nomeado ministro Jorge Oliveira atropelou o ministro Aroldo Cedraz, que tinha dúvidas técnicas sobre as contas do leilão do 5G, dando um prazo de apenas 7 dias para o voto-vista. Dúvidas que mais na frente podem significar um gasto tremendo de dinheiro público. 

Nos corredores do tribunal, o que se comenta é que a Dantas e Vital do Rego fizeram um movimento estritamente político. O PT pediu para que a venda da Eletrobras não aconteça e o padrinho Renan Calheiros abraçou a causa. A expectativa é que quanto mais atrase o processo, mais fique difícil realizar a venda da empresa neste ano.

O próprio ministro Vital do Rego, que agora lutou com afinco para ter um prazo mais longo no seu pedido de vista, tinha votado para reduzir o prazo  no leilão do 5G, no ano passado. Mas como Dantas, também mudou radicalmente de ideia. . “Rasgamos o regimento no 5G. Passa boi, passa boiada. Logo depois vem a Eletrobras. E depois? A Petrobras? A Caixa? O Banco do Brasil? E o papel do TCU vai inverter a ordem do controle. Em vez de assumir como controle externo, se assume como órgão de chancela do desejo do governo de plantão”, disse ele durante o julgamento de ontem. 

Continua após a publicidade

Ao fim, os ministros Antonio Anastasia e Benjamin Zymler também se manifestaram contra o voto-vista relâmpago de 7 dias. Eles não haviam participado do julgamento do 5G. Ao fim, ficou decidido que o processo da Eletrobras seja retomado em 20 dias com o voto-vista do ministro Vital do Rego. O governo diz que o cronograma da privatização ficou comprometido.

*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.