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A maldição do Homem-Aranha para o cinema brasileiro

Ocupação do novo filme do super-herói aracnídeo em mais de 90% das salas do circuito exibidor reacende discussão sobre a cota de tela

Por Felipe Mendes Atualizado em 29 dez 2021, 13h57 - Publicado em 29 dez 2021, 11h04

A estreia arrasa-quarteirão de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa reacendeu o debate sobre a importância da cota de tela de exibição no país. Com ocupação de 96% do circuito exibidor nacional, o filme da franquia sobre o super-herói aracnídeo saído dos HQs da Marvel já arrecadou quase 200 milhões de reais no Brasil, segundo dados da Comscore — no mundo, foi a primeira produção a ultrapassar a marca de 1 bilhão de dólares em faturamento nas bilheterias em plena pandemia de Covid-19. Acontece que, visando simplesmente a receita do blockbuster, muitos exibidores optaram por ofertar apenas o novo Homem-Aranha, deixando de lado as demais produções e prejudicando, sobretudo, os lançamentos nacionais.

A obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nos cinemas foi estabelecida pela Medida Provisória 2.228, de 2001, com objetivo de fomentar a indústria audiovisual do país. Como o instrumento regulatório expirou em 5 de setembro de 2021, o Congresso colocou em pauta a transformação do mecanismo em Lei. Em entrevista à coluna, a renomada produtora Mariza Leão, cofundadora da Morena Filmes, alerta para os riscos que o fim da medida poderia gerar ao cinema nacional. “Quando eu era criança só tinha sorvete da Kibon, então eu tomava sorvete da Kibon. Hoje há dezenas de marcas que eu posso tomar, porque elas me são ofertadas. Não é bom ter uma única opção. A cota de tela faz parte de um sistema de identidade nacional, de proteção à economia brasileira. Os filmes brasileiros são extremamente pagadores de impostos”, aponta.

“A ocupação do Homem-Aranha, como foi no caso dos Vingadores anos atrás, é predatória. Não é possível que em um espaço com 18 salas de cinema, as 18 salas precisem passar o filme do Homem-Aranha”, reitera Mariza. “Quando se produzem filmes no Brasil, são feitos investimentos e o que se paga de impostos seja na produção do filme ou na arrecadação dele é muito significativo. Portanto, não faz sentido para o governo matar essa receita. Não tem Paulo Guedes que consiga explicar a lógica disso.”

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