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A geração de executivos que destruiu valor de empresas e ficou milionária

O badalado professor americano Scott Galloway faz um hall da fama com os maiores queimadores de dinheiro das empresas abertas americanas

Por Josette Goulart 31 Maio 2021, 19h53

A remuneração dos administradores das companhias abertas é geralmente aprovada por seus acionistas, mas muitas vezes os executivos recebem bônus por sua atuação anual apesar de o sucesso ou fracasso de seus projetos só serem conhecidos anos depois. Um problema que vira e mexe incomoda os acionistas. Foi assim que nasceu a geração MeWork, apelidada pelo badalado professor americano Scott Galloway, da Escola de Negócios Stern da Universidade de Nova York. Galloway diz que eles podem ter qualquer idade, mas são conhecidos por queimar dinheiro dos outros enquanto embolsam do outro lado como executivos. Ele fez uma conta de quanto dinheiro os executivos incendiaram por dia durante seus mandatos e quanto ganharam quando saíram das empresas e criou um pequeno hall da fama. Veja a seguir:

Marissa Mayer assumiu o Yahoo, em 2012. Cancelou a política de teletrabalho e pagou 1,1 bilhão de dólares por um site pornô, o Tumblr, vendido seis anos depois por 3 milhões de dólares. Quando assumiu, o Yahoo valia 14,4 bilhões de dólares. Anos depois foi vendido para a Verizon por 4,5 bilhões de dólares e Marissa foi embora. Ela queimou 9,9 bilhões de dólares, mas recebeu entre salários e bônus algo em torno de 365 milhões de dólares.

Adam Neumann fundou a WeWork em 2010 e começou a queimar dinheiro do Softbank, que entrou na empresa em 2017. Quando Neumann foi demitido, em setembro de 2019, o SoftBank havia investido 10,3 bilhões de dólares e deu baixa de 9,2 bilhões de dólares alguns meses depois. Mas como foi expulso da empresa, Neumann ainda acabou conseguindo ganhar na Justiça cerca de 1 bilhão de dólares, a maior parte do bolso do Softbank.

Randall Stephenson dirigiu a AT&T de 2007 a 2020. Quem investiu na companhia ganhou 26 dólares por ação neste período, mas também viu a ação sair de 39 dólares para 29 dólares, um retorno anual agregado de 2,5%, enquanto o S&P rendeu em média 9,8%. Entre outros erros, a AT&T gastou 67 bilhões de dólares para comprar a DirecTV , estourou 4 bilhões de dólares quando não conseguiu adquirir a T-Mobile e gastou outros 108 bilhões de dólares para comprar a WarnerMedia, que acabou de anunciar uma fusão com a Discovery e vai receber cerca de 43 bilhões de dólares. A compensação total de Stephenson foi de pelo menos 250 milhões de dólares, incluindo uma pensão de 64 milhões de dólares como um presente de despedida.

O professor ainda fez uma “menção honrosa” a Steve Ballmer, que foi CEO da Microsoft, comprou por 7,2 bilhões de dólares a fabricantes de telefones móveis Nokia. Apenas 15 meses depois, Ballmer foi embora e a empresa deu uma baixa de 10 bilhões de dólares pela atuação fracassada.

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E no Brasil, quem são os incendiários que você conhece?

Mande um e-mail para josette.goulart@abril.com.br

O artigo completo de Galloway pode ser lido neste link.

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