A disputa entre Tarcísio e Paes envolvendo o Aeroporto Santos Dumont
Modelo de concessão defendido por ministro desagrada o prefeito do Rio de Janeiro
O projeto de concessão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, virou o mais novo mote de intriga entre o prefeito da cidade, Eduardo Paes, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Paes vem criticando abertamente o modelo adotado pelo governo federal e alega que a iniciativa vai inviabilizar o uso do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, e transformar um aeroporto local e central em um “grande aeroporto”. A sétima rodada de investimentos deve injetar 1,3 bilhão de reais em investimentos privados no Santos Dumont.
Auxiliares do ministro defenderam à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que o motivo do desuso do Galeão não envolve apenas a atratividade do Santos Dumont, mas também as próprias condições do aeroporto internacional — tempo de deslocamento e violência na via expressa que liga o Galeão à região central da cidade, a Linha Vermelha.
Segundo o governo, a ideia de Paes busca limitar a operação no Santos Dumont, que ficaria restrito à ponte aérea entre Rio e São Paulo e os voos para Brasília — beneficiando apenas políticos e empresários. Já os voos domésticos originários ou com destino a todas as demais regiões do país seriam direcionados, obrigatoriamente, para o Galeão.