A boa e a má notícia da Fiesp sobre suas perspectivas para a indústria
Se prevê queda na atividade do setor, entidade diz que as medidas do governo estão contribuindo para melhorar as expectativas de crescimento da economia
Em meio às discussões quanto ao manifesto pela democracia que irritou o presidente Jair Bolsonaro, a Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, está preocupada com o cenário para a indústria — mas apenas no curto prazo. Segundo a federação, a desaceleração da economia global, o forte aumento da taxa de juros, e o elevado nível de incerteza na economia brasileira — que pode aumentar durante o processo eleitoral — devem impactar negativamente o dinamismo da atividade industrial nos próximos meses, que deve ter queda de 0,9% neste ano, segundo a instituição.
Por outro lado, segundo a Fiesp, as medidas fiscais adotadas recentemente pelo governo federal estão contribuindo para melhorar as expectativas de crescimento da economia brasileira em 2022, o que pode amenizar as restrições de demanda e o cenário adverso para a produção industrial no ano.
A perspectiva encontra coro na leitura de industriais que, aliada à recuperação do cenário para o ano que vem, a criação de um ministério representativo para o setor vem ganhando força nas candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do próprio presidente. A recriação do Ministério da Indústria é tida como certa por representantes do setor, independentemente de quem ocupará o Palácio do Planalto em 2023 e o novo governo terá de volta um Ministério da Indústria, que em 2019 foi incorporado ao Ministério da Economia.