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Pé na estrada

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Primeiras impressões: dirigimos o novo SUV mais barato do Brasil

Citroen Basalt chega com preço a partir de R$ 89 mil e aposta em espaço interno, porta-malas grande e pacote de equipamentos para competir com rivais

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 out 2024, 10h13 - Publicado em 7 out 2024, 10h10

Depois do compacto C3 e do C3 Aircross, com uma proposta mais familiar, a Citroen está lançando o Basalt, o SUV mais barato do Brasil. Com versões a partir de R$ 89 mil, o modelo com carroceria cupê chega com preços mais agressivos para enfrentar a concorrência. Nessa faixa de preço, briga diretamente com as versões de entrada do Volkswagen Nivus, Nissan Kicks, Hyundai Creta Action e Fiat Pulse. E mostra o posicionamento da Citroen como marca de acesso do grupo Stellantis.

Participamos do evento de lançamento e dirigimos o novo modelo em um trajeto urbano e rodoviário, com direito a trechos de terra.

Do lado de fora, o visual é um dos chamativos. A caimento da carroceria cupê, o desenho da grade frontal e os faróis dianteiros são bem desenhados e passam um refinamento. Por dentro, a situação é um pouco diferente. O acabamento é extremamente simples, com predomínio de plástico duro em todas as superfícies. A versão testada, Shine, a topo de linha, faz algumas concessões, como o acabamento premium nos bancos e no volante, que imita couro. Dito isso, o espaço interno é bastante generoso, mesmo na segunda fileira. O porta-malas é grande, com 490 litros de capacidade (para efeito de comparação, o Fiat Fastback, conhecido pela mala gigante, comporta 516 litros).

O pacote de equipamentos é interessante. Todas as versões contam com quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, multimídia de 10 polegadas com Android Auto e Apple Car Play, câmera de ré, três porta USB, ar-condicionado, direção elétrica, regulagem de altura do banco do motorista, vidros elétricos dianteiros e traseiros (embora o acesso dos vidros traseiros seja feita por botões atrás do câmbio, uma decisão que corta custos, mas dificulta a vida de quem vai atrás), quatro air-bags e rodas de liga leve de 16 polegadas.

A versão Shine, topo de linha, tem ainda ar-condicionado digital, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, bancos e volante com revestimento premium, encostos de cabeça traseiros laterais com abas de apoio e skidplate dianteiro e traseiro. A versão First Edition ganha ainda alguns detalhes estéticos, como logotipos, rodas escurecidas, soleiras metalizadas, pedaleiras exclusivas e pintura bitom com teto preto.

Citroen Basalt porta malas
Porta-malas de 490 litros é um dos destaques do Citroen Basalt – (André Sollitto/VEJA)

A experiência ao volante do Citroen Basalt

Mas como ele se comporta nas ruas e nas estradas? Tivemos a oportunidade de guiar o Basalt em um percurso urbano e rodoviário. Saindo da região da Berrini, seguimos em direção a Itu pela Rodovia dos Bandeirantes. Na cidade, ele é esperto. O motor turbo tem boa resposta e a retomada em velocidades mais baixas é rápida. Apesar de ser o maior modelo da Citroen (com 4,34 metros de comprimento), a sensação dirigindo no trânsito é de que ele é menor.

Ele tem uma posição mais elevada de dirigir, algo que nem todos os motoristas apreciam. Mas na estrada isso se traduz principalmente em boa visibilidade. O isolamento acústico é ok – não espetacular, mas reduz os barulhos externos e permite a conversa a bordo sem maiores desafios, mesmo que seja preciso falar um pouco mais alto que o barulho do vento.

Ele alcança a velocidade da via sem grandes problemas. A retomada em velocidades mais altas, no entanto, não é tão rápida, mas é competente. Não transmitiu nenhuma instabilidade em nenhum momento, algo percebido em outros carros de perfil semelhante, e os bancos se mostraram confortáveis em um trajeto de cerca de duas horas. A suspensão de curso mais longo é voltada para o conforto.

Pegamos um curto trecho de terra em Itu. Em terrenos mais planos, o Basalt se comporta bem. Em uma das subidas, no entanto, ele perdeu tração e apanhou um pouco para vencer o aclive. Os pneus não eram os mais indicados, é claro. Mas é preciso ficar atento nas incursões fora do asfalto.

A primeira impressão, nesse breve contato inicial, é que o Citroen Basalt é um carro bastante honesto. Além de uma solução de mobilidade bastante interessante, dá prazer ao dirigir na estrada, rumo a uma aventura de final de semana com a família no banco de trás e toda a bagagem necessária no amplo porta-malas traseiro. Tem uma das melhores relações custo-benefício do mercado.

Espaço interno do Citroen Basalt é generoso, mas acabamento é simples -
Espaço interno do Citroen Basalt é generoso, mas acabamento é simples – (André Sollitto/VEJA)

Preços e versões do Citroen Basalt

Por ora, há apenas quatro versões disponíveis. A mais básica, Feel 1.0, usa o motor Firefly 1.0 de 75 cv e 10,5 kgfm e transmissão manual de cinco marchas. As versões Feel Turbo, Shine Turbo e First Edition usam motor Turbo 200 1.0 de 130 cv e 20,4 kgfm de torque com transmissão do tipo CVT que simula sete marchas.

O Basalt é o terceiro carro da montadora a usar a plataforma CMP (Common Modular Platform), a mesma do C3 e do C3 Aircross. O motor T200 das versões mais caras também é testado e está presente em mais de uma dezena de modelos da Stellantis, dona da Citroen. É o caso do Pulse, do Fastback, da Strada, da Fiat, no Peugeot 208 e no C3 Aircross.

Confira os preços e versões:
Basalt Feel 1.0 R$ 89.990
Basalt Feel Turbo R$ 96.990
Basalt Shine Turbo R$ 104.990
Basalt First Edition R$ 107.390

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