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‘Sistema híbrido’? Como nosso futebol virou motivo de chacota

Finalmente entendi uma das bobagens em "Titês" que os jornalistas amam e comentam como se fosse a nova revolução da bola

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jul 2020, 20h20

Demorou, mas consegui descobrir porque o futebol brasileiro despenca ladeira abaixo! Durante a transmissão de Fluminense x Botafogo, o locutor, certamente contaminado pelo “titês”, vírus das expressões criadas pelo “professor” Tite, disse que o Botafogo era um time “híbrido”. Já tinha ouvido a expressão “sistema híbrido”, na última Copa do Mundo. Os jornalistas amam essas bobagens e comentam como se fosse a nova revolução do futebol.

Na época, fui tentar entender do que se tratava e encontrei um texto que explicava: “trata-se de adotar uma formação tática quando seu time tem a bola e outra quando está se defendendo. Fez sucesso na Copa. Contra México e Bélgica, Tite recorreu a essa mudança ao se ver em apuros. A Bélgica derrotou o Brasil nesse formato”. Peraí, a Bélgica venceu o Brasil porque era muito melhor e tinha um futebol bem mais vistoso. Se dois times adotarem o tal sistema híbrido como ficará? E esse sistema híbrido nada mais é do que o “maré, maré, jacaré, jacaré” criado pelo campeoníssimo Jair Pereira, que por sinal está desempregado há tempos.

Percam um tempinho, coloquem o nome de Jair Pereira no Google e vejam sua lista de títulos. Foi campeão em quase todas as regiões do país, pela seleção brasileira, além de ter jogado muita bola. O “maré, maré, jacaré, jacaré” era isso, táticas diferentes para quando o time ataca e quando precisa se defender. Linguagem de boleiro, exatamente o que falta nesse futebol engomadinho atual. O futebol virou um produto de marketing de péssima qualidade, liderado por palestrantes especializados em auto-ajuda. Basta você entrar em uma livraria e ver os livros que estão expostos, os que chamam mais atenção, e talvez sejam os mais vendidos: “A sutil arte de ligar o foda-se”, “Pense e enriqueça”. Já já vão lançar o “Vença atuando pelo sistema híbrido”.

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Nosso futebol entrou no salão de cabeleireiros e não encontrou mais a saída. Os jogadores querem ser lindos. A disputa do clássico desse domingo foi entre Gilberto, do Flu, e Danilo Barcelos, do Botafogo, qual dos dois levantava mais o shortinho. Qual seria a perna mais torneada? O problema é que as pernas não chutam a gol, tanto que a jogada mais perigosa foi uma cabeçada do grandalhão Pedro Raul, no fim do jogo. O comentarista tentava explicar: “o time joga na vertical, mas também na horizontal…”. O futebol virou palavras cruzadas. Na livraria virtual achei um livro “Como sair do labirinto”. Será que funciona, será que o Tite já leu esse?

Sinto falta da dor da derrota nas expressões dos jogadores. A impressão é que não estão nem aí, ganhando ou perdendo. Mas no início do texto falei que havia descoberto as razões para nosso futebol hoje ser motivo de chacota. O “sistema híbrido” já sabemos o que é, mas e o híbrido, como está definido no dicionário? Fui conferir e descobri o mistério: “diz-se de ou organismo formado pelo cruzamento de dois progenitores de raças, linhagens, variedades, espécies ou gêneros. O hibridismo, natural ou manipulado, é comum entre as plantas, mas o exemplo mais conhecido é o burro ou mula, cruza entre o cavalo e a jumenta ou entre a égua e o jumento.”, Ou seja, nosso futebol está sendo recriado através do cruzamento do burro com a mula, Kkkkk, está explicado, Kkkkk, desculpe mas não consigo mais escrever, Kkkkk!!!

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