Não me vejo em outro palanque que não o do Álvaro, diz Osmar Dias
Pré-candidato ao governo do estado pelo PDT tem reunião com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, nesta sexta-feira (26)
O ex-senador e pré-candidato ao governo do Paraná Osmar Dias (PDT) recebe nesta sexta-feira, 12, a visita do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, em Curitiba. A conversa promete ser decisiva para a formalização do pedetista na disputa pelo Palácio Iguaçu. “Eu quero ser candidato ao governo do Paraná pelo PDT. Sinto-me bem no partido”, diz Osmar, em entrevista exclusiva ao blog Paraná.
Para o ex-senador, há somente uma questão em aberto com a legenda: o apoio à candidatura do irmão Álvaro Dias (Podemos) à Presidência da República, em detrimento do candidato pedetista, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes. “Eu estive em dezembro com o Ciro. Ele disse compreender minha situação e que ficaria muito bravo caso ele ficasse sem o apoio do irmão em uma situação semelhante.”
Compreensão
A compreensão de Ciro, porém, parece não ser a mesma de Lupi. Ex-ministro do Trabalho de Lula e Dilma Rousseff, ele tem buscado unificar o partido em torno da candidatura do cearense. Nesse sentido, pode não haver empenho em permitir uma “exceção paranaense”, até porque Álvaro foi um dos principais críticos dos governos petistas e, em especial, do próprio Lupi.
Pouco antes da queda do pedetista do Ministério do Trabalho, motivada por reportagem de VEJA que revelou a cobrança de propina para a regularização de ONGs, o então senador tucano afirmou que Lupi “havia quebrado o decoro, mentido e que tinha perdido a autoridade moral e política para continuar ministro”.
A decisão de Osmar está tomada, de qualquer modo. “As obrigações com o partido são importantes, mas há uma obrigação maior, que é com a família. Não me vejo em outro palanque que não o do Álvaro.”
Barreiras
As barreiras para a aceitação de um apoio a Álvaro no Paraná já fazem setores do PDT no estado questionarem a liderança de Osmar. “É natural que as pessoas se arvorem com a possibilidade da minha saída. Eu identifico essas pessoas, mas elas não têm nenhuma densidade ou peso eleitoral”, diz Osmar, que complementa: “Se o PDT quer bancada federal, precisa de um candidato forte ao governo.”